Queimadas

Cerimônia inaugura operação de combate a incêndios florestais

Evento do CBMDF dá início à edição de 2024 da ação coordenada que combate queimadas no DF. Com a chegada da época da seca, o risco para incêndios na capital aumenta

A Operação Verde Vivo (OPVV) foi inaugurada oficialmente nesta quinta-feira (20/7) em evento na Praça do Buriti. Realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a ação é a maior operação ambiental do Cerrado. Compareceram à cerimônia autoridades como o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, e o secretário executivo de Segurança Pública, Alexandre Rabelo Patury.

O grande foco da campanha é a preservação do Cerrado. Com a chegada da época da seca, o risco para incêndios no bioma da capital aumenta. Para isso, o Grupamento Ambiental do CBMDF está sendo preparado para situações de emergência em diversas áreas do Distrito Federal. Atividades feitas pela operação incluem ações para a conscientização da população sobre como prevenir incêndios e os riscos relacionados ao fogo, combate às queimadas e monitoramento constante de áreas de risco.

Pela irregularidade de eventos climáticos vivida recentemente, o CBMDF espera que haja um aumento no número de incêndios florestais em 2024. Por isso, foram preparadas bases ao longo do DF visando garantir o atendimento mais rápido possível aos focos encontrados.

Prevenções sazonais

Comandante-Geral do CBMDF, o coronel Sandro Gomes Santos da Silva, de 47 anos, enfatizou que os cuidados da instituição com crises ambientais são frequentes. Ele explica que a OPVV é realizada todos os anos com o intuito de controlar o aumento de incêndios florestais com o período de estiagem. “No pico nós colocamos mais de 250 militares atuando só para o combate a incêndios florestais. São mais de 50 viaturas, aeronaves, helicópteros e drones, todos à disposição para fazer esse combate”, ressalta.

Henrique Sucena -

Ele também enfatiza a importância de conscientizar as pessoas sobre os cuidados para evitar esses problemas. “A conscientização tem que ser sobre a prevenção. Época de seca não é época de fazer as queimadas controladas. Muitos queimam para a agricultura e a pecuária, mas este não é o momento ", diz o comandante. “A maioria das nossas demandas de incêndios florestais vem de casos desse tipo”, completa.

O coronel também exalta a capacidade do CBMDF de responder rapidamente às ocorrências e explicou que o maior foco é na preservação dos parques. Os bombeiros militares têm quartéis ao redor de todo o DF, mas a prioridade é em pontos de maior vegetação e áreas reservadas para a preservação ambiental.

Importância da prevenção

Representando a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o secretário-executivo Alexandre Rabelo Patury foi à cerimônia e fez discurso desejando sorte aos bombeiros que participarão da operação. Ele exaltou o desejo de vê-los voltar para casa em breve com o fim dos incêndios.

Ele também pediu à população que limite os riscos para dispersão do fogo. “A maioria dos incêndios são provocados, pode até não serem intencionais, mas eles são provocados”, diz o secretário. Ele apela para que os brasilienses evitem queimar lixo perto de áreas de mata, uma das maiores causas de incêndios florestais.

Henrique Sucena -

Alertas ambientais

O secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema-DF), Gutemberg Gomes, também esteve presente na cerimônia e celebrou o trabalho feito em parceria entre os órgãos governamentais e o CBMDF. Ele levantou a necessidade de cuidados extras com possíveis crises ambientais que podem agravar a seca brasiliense.

Henrique Sucena -

“A Agência Nacional de Águas (ANA), em abril, me deu um alerta de que a bacia do Rio Paraguai está em uma situação muito crítica. Eu estou falando do Centro-Oeste, e estou falando exclusivamente do Pantanal, mas nós somos Centro-Oeste, então seguramente esse impacto chegará ao DF. Nós teremos aqui um período mais seco que provocará, sem dúvida nenhuma, mais incêndios”, alerta Gomes.

A crise a que o secretário se refere é a forte estiagem que assola a bacia do Rio Paraguai, corpo hídrico que passa pelo Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. Ele avisa que essa seca, por afetar estados próximos, pode impactar a capital também, reforçando a importância do trabalho de prevenção às queimadas.

 

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