Santo Antônio, conhecido popularmente por ser casamenteiro, acumula devotos que, em comum, carregam a certeza das graças alcançadas não somente no âmbito matrimonial. Para compor as celebrações, nesta quinta-feira (13/6), no Distrito Federal, paróquias e capelas da capital organizaram uma programação especial para esta data, com a tradicional entrega de pães à comunidade.
Frei Edgar Alves, da Paróquia e Santuário de Santo Antônio, na 911 Sul, contou que a história de casamenteiro surgiu quando o santo ajudou um homem a pagar o dote — dinheiro entregue a família da noiva para se casar com ela — com um milagre. "Ele fez uma aposta com um homem rico, e propôs colocar uma pena e dinheiro em uma balança até que ela se equilibrasse. O homem desacreditou que fosse possível e, quando chegou no valor exato do dote, a balança se equilibrou. Santo Antônio entregou o dinheiro ao casal, que era pobre, mas queria se casar por amor", relatou o religioso.
"Muitas pessoas vêm aqui ao santuário em busca do pão do Santo Antônio, para comer ou dar para o amado, para chegarem ao sacramento do casamento", reforçou o frei. "O que acho mais bonito é que o santo realmente ajuda as pessoas a se encontrarem e chegarem juntos ao casamento. Já vieram diversas pessoas aqui contar que fizeram promessas e pedidos nesse sentido, e deu certo. Casaram e estão felizes e cheios de filhos", garantiu.
Para a igreja católica, Santo Antônio é uma das figuras mais conhecidas. "Várias cidades levam o seu nome. Há lojas, comércios em geral, fazendas, paróquias, capelas, diocese e arquidioceses que remetem a Santo Antônio. Ele foi um frade franciscano. É português, mas depois ele foi para a Itália e conheceu São Francisco pessoalmente", completou.
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Testemunhos
"Eu tenho vários testemunhos ligados a Santo Antônio, mas um que me marcou foi a cura do câncer do pai", conta Carla Guedes, 40 anos. O pai, há muitos anos, se dedica ao santo e frequenta assiduamente a Paróquia e Santuário de Santo Antônio. "As vezes, estou em casa e peço 'Santo Antônio, me dá uma luz, me mostra' e de repente, uma lâmpada se acende. É muito forte a minha relação com ele", declarou a devota.
Assim como pai de Carla Guedes, Miriam Gomes, 80, passou a devoção para os filhos. "Eu frequento a paróquia de Santo Antônio há 40 anos. A nossa família tem muitas graças por meio dele. Só de termos atravessado a pandemia de covid-19 e ninguém ter pegado, eu acredito que isso é uma graça. Em casa, temos várias imagens dele espalhadas", observou a filha Carla Coutinho, 58.
Sandra Almeida, 79, é fiel a Santo Antônio e apresentou sua causa na trezena que antecede a celebração no dia 13 de junho. "Venho nesta paróquia toda semana pedir por uma graça e ele sempre alcança. Desta vez, estou esperando por uma resposta de um resultado muito importante para a minha família. Acredito que vai ser realizado, assim como as outras vezes", concluiu, esperançosa.
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* Colaborou Fernanda Cavalcante
Estagiária sob a supervisão de Patrick Selvatti