Economia

Queda na temperatura aquece as vendas no comércio do Distrito Federal

De acordo com o Sindivarejista, as vendas devem aumentar até 7,5% nesse período. Temperatura continua baixa

Com a chegada do frio no Distrito Federal, especialmente nas primeiras horas do dia, os comerciantes estão otimistas quanto ao aumento das vendas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os brasilienses devem esperar manhãs mais frias nas próximas semanas com a chegada do inverno, em 21 de junho. O Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista) projeta um aumento de até 7,5% nas vendas.

Segundo levantamento do Sindivarejista, o gasto médio com vestuário de frio, por consumidor, deverá ser de R$ 240 contra R$ 225 do inverno passado. Muitas lojas optam por colocar no estoque uma coleção de roupas voltada para a estação.  Kelly Fernandes, vendedora da  loja Lana Rosa, localizada na 304 sul, está otimista. "A meta é atingirmos quatrocentos mil reais", declara. "Os arraiais e rodeios fizeram as vendas de peças de frio com couro e xadrez aumentarem", completa.

Com 40 anos no ramo empresarial, Aline Fernandes está esperando o aumento de 20% nas vendas da Inverno e Verão Kids. Ela conta que o xadrez também lidera o ranking. "A procura começou nesta última quinzena, conseguimos realizar a compra de aproximadamente 100 clientes", relata.

Apesar das festividades juninas interferirem na preferência do consumidor, essa não é a regra. Para Michele César, vendedora da loja Karolina Rabelo, qualquer roupa com uma manga maior já se torna a mais vendida. "O inverno não chegou, mas o frio sim, e é claro que nossas clientes já estão se preparando", conta. Jucineia Lima é uma delas, e estava no estabelecimento buscando três peças de inverno. "Gosto daqui, porque tem para todas as opções, do festivo ao corporativo", pontua.

Solidariedade

Em uma loja de roupas e calçados de inverno na Asa Norte, a empresária Andrea Beatriz, 54 anos, aguarda com otimismo o movimento após as primeiras frentes frias. A loja de vestuário, natural do Rio Grande do Sul, doou alguns agasalhos de coleções passadas às pessoas prejudicadas com as recentes enchentes no estado. 

A proprietária da Tchê Inverno avalia que a oportunidade de venda nesse período é muito grande. "O frio chegou na época certa por aqui, coincidindo com o Dia dos Namorados e muitas festinhas juninas pela cidade. É importante o cuidado com a saúde no frio e a procura por roupas adequadas vem crescendo a cada ano, para a nossa felicidade", conta Andrea. "Nós estamos muito otimistas com a temporada de frio, já que atuamos nesse segmento de moda há 38 anos aqui em Brasília. São produtos confeccionados em terras gaúchas", vibrou a empresária. 

Vendas e temperaturas

Para a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Andrea Ramos, o inverno terá mais a "cara do frio" por causa da baixa intensidade do El Niño na região. 

"Estamos no fim do outono, que começa a ter a cara do inverno. Com as baixas temperaturas, também teremos a baixa umidade e da estiagem, com a diminuição das chuvas. O pacote favorece para esse friozinho de manhã, noite e madrugada. É até estranho para o brasiliense esse clima, já que ano passado pouco tivemos frio. É uma situação (de frio) que deve se prolongar por mais tempo, até chegar o inverno mesmo", explica.

Colaborou Arthur de Souza

*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado

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Fernanda Cavalcante/CB/DA Press - Estampa xadrez é a mais vendida na loja Inverno e Verão Kids
Fernanda Cavalcante/CB/DA Press - Catálogo da edição de inverno da loja Lana Rosa

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