SAÚDE PÚBLICA

CPI da Saúde é 'tentativa de politização', critica Ibaneis Rocha

O governador afirmou, durante evento em Taguatinga, que acompanha com preocupação a possiblidade de a CLDF abrir uma CPI para investigar a atuação do Iges

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) se pronunciou pela primeira vez sobre a possível instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa para investigar irregularidades na gestão da saúde pública. O chefe do Executivo local afirmou, na manhã desta terça-feira (4/6), que a articulação é uma tentativa da oposição de “politizar” a questão da saúde, e provocou integrantes da oposição: “parece que essa turma tem amnésia”, disse. 

“Problemas acontecem e nós não podemos pegar problemas pontuais e transformar em problemas políticos. O que vemos é a tentativa de politização de uma questão tão importante quanto a questão da saúde no Distrito Federal. Parece que essa turma tem amnésia, eles esqueceram o que o PT fez à frente da saúde do DF, com secretários presos, com desvio de recursos, esqueceram o que o Rollemberg não fez, porque ele não fez nada pelo DF, principalmente na área da saúde”, criticou Ibaneis. 

O governador partiu em defesa da secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e do presidente do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF), Juracy Cavalcante — principal alvo do requerimento apresentado, na semana passada, na CLDF. O instituto é responsável pela administração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), do Hospital de Base, do Hospital Regional de Santa Maria e do contrato com ambulâncias terceirizadas.

“A questão da CPI é um trabalho da Câmara Legislativa, que estamos acompanhando, realmente, com bastante preocupação, porque o trabalho que vem sendo feito pela Lucilene e pelo Jurassi no Iges é um trabalho de excelência”, defendeu o governador. 

Ibaneis argumentou, ainda, que seu primeiro mandato ocorreu em meio à pandemia de Covid-19, que provocou atrasos em cirurgias eletivas, e considerou que a epidemia de dengue, este ano, também atrapalhou o sistema de saúde. “Recebemos a saúde num período de pandemia, onde houve todo o atraso nas cirurgias eletivas, porque tivemos que virar a chave para atender a pandemia. E, agora, tivemos uma grande crise da dengue no DF, isso tudo atrapalha o nosso sistema de saúde, enche os hospitais públicos, os hospitais privados, mas nós damos respostas a todo tempo”, salientou.

 

Mais Lidas