Desde 1979, o taguatinguense tem um ponto de lanches rápidos e deliciosos. Nesses 45 anos de história, o It Speed Lunch coleciona boas histórias, grande parte delas vividas por Geraldo Alves de Oliveira, 66 anos, atual proprietário do estabelecimento. "Eu e meu irmão compramos a loja em 1981. No início, ela ficava ao lado de onde está atualmente, em um lugar menor. Com o passar dos anos, conseguimos mudar para um espaço maior e abrigar mais clientes", conta.
De acordo com Geraldo, a lanchonete é conhecida, entre os moradores de Taguatinga, pelo creme de morango que é produzido no local. "Tenho uma clientela muito boa, estamos indo para a terceira geração de fregueses aqui na lanchonete", comenta. "Na semana passada, inclusive, veio alguém dizendo que era filho de um cliente antigo e estava trazendo o neto", afirma o proprietário.
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Para ele, isso traz um misto alegria e gratidão. "Isso é muito bom. Até porque, atualmente, são poucas as lojas tradicionais de Taguatinga e saber que temos, aqui, clientes que estão trazendo até os netos, é muito emocionante e nos motiva ainda mais a continuar", destaca. "Posso dizer que 90% dos nossos clientes são amigos", calcula Geraldo.
Mãos dadas
Um dos fatores que mantém a lanchonete de pé, segundo o proprietário, é a qualidade do lanche e o atendimento. Geraldo destaca que viveu muitos momentos bons com os clientes, os quais chama de amigos. "Hoje em dia, quem fica mais por aqui são meus filhos, fico apenas durante o dia. Apareço aqui quando eles (os fregueses) sentem a minha falta", brinca. "Certa vez, uma cliente antiga veio aqui, depois de chegar dos Estados Unidos. Ela disse que saiu do aeroporto direto para a lanchonete", conta.
Emocionado, o comerciante afirma que o momento mais marcante foi quando o seu irmão morreu em um acidente. "Até hoje, alguns frequentadores perguntam sobre ele. A vontade de manter a história que nós construímos é um dos pilares que mantém a lanchonete viva", observa Geraldo.
Para ele, o que liga a lanchonete a Taguatinga é a história. "Ela foi criada praticamente com a cidade, andam de mãos dadas. Sem contar que estamos aqui, no mesmo local, desde sempre", comenta. "Também devo muito a Taguatinga, pessoalmente falando. Conheci minha esposa e construí minha família aqui e não saí mais. Pretendo ficar até morrer, se Deus quiser", garante.