string(11) "/cidades-df"
Acidente

Causa de queda de helicóptero em Goiás será investigada pelo Cenipa

A aeronave, que levava três pessoas, acabou afundado em lagoa, após a queda. O piloto ficou em estado grave. Os outros dois feridos encontram-se estáveis. Todos foram trazidos para o DF

Tripulantes da aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília auxiliaram no transporte, para a capital federal, das vítimas que se acidentaram no entorno do Distrito Federal -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A. Press)
Tripulantes da aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Brasília auxiliaram no transporte, para a capital federal, das vítimas que se acidentaram no entorno do Distrito Federal - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A. Press)

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai apurar a causa da queda de um helicóptero que deixou três pessoas feridas, ontem, em Água Fria de Goiás, cidade a cerca de 104km de Brasília. As vítimas são o piloto Ayrton Vargas, 66 anos; Ricardo Emediato, 38, sócio-fundador do Grupo R2; e Lucas Batista Bezerra, 32, empresário do DJ Bhaskar, irmão do também artista da música eletrônica Alok. Todos foram trazidos para hospitais da capital federal. Emediato e Batista estão estáveis, segundo fontes médicas. O quadro de Vargas, porém, é mais delicado. 

Os três decolaram de Brasília, pela manhã, com destino a Alto Paraíso (GO). Ao Correio, um amigo e colega de profissão do piloto, que preferiu não se identificar, contou que, além de conduzir aeronaves, Vargas trabalha com a venda de imóveis na região turística. O propósito da viagem, segundo essa fonte, seria mostrar terrenos a ambos que, supostamente, teriam intenção de adquirir propriedades na área que visitariam. 

Informações da aeronáutica e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) indicaram que, aparentemente, a pouco menos de 20 minutos para o pouso no destino, o helicóptero caiu na Lagoa da Jacuba, próxima ao município de Água Fria de Goiás. O Correio esteve no local e, para acessar a área exata do acidente, foi preciso entrar em uma fazenda, próxima à lagoa. Reiler Cunha, gerente do local, contou que o acidente foi visto por um dos funcionários. 

"Ele viu a queda. Um (dos passageiros saiu do helicóptero e) gritava por socorro na água. Com ajuda de outros colegas pegamos um barco e fomos ajudar os três", contou, acrescentando que uma das vítimas conseguiu chegar, sem ajuda, até a beira da lagoa. Cunha contatou os bombeiros, que — como a equipe de reportagem do Correio — trafegaram por uma precária estrada de terra no meio da mata. Eles chegaram cerca de duas horas depois que o gerente e seus funcionários resgataram os tripulantes. "Tivemos a impressão de que eles estavam bem. O piloto apresentava escoriações no rosto", disse Reiller. Entretanto, Vargas começou a mostrar sinais de piora e, por isso, foi levado pelos empregados da propriedade a Água Fria. 

Socorro

A tenente Alessandra Nogueira Rego, do CBMGO, afirmou que o helicóptero era particular, mas não soube dar detalhes como,

modelo, marca, prefixo e ano de fabricação da aeronave. A militar, que integrava equipe que auxiliou as vitimas. acrescentou que tiveram apoio de médicos enviados pelo hospital de Água Fria. "Chegamos ao local com os médicos e encontramos duas vítimas. Uma havia sido levada ao Hospital Municipal de Água Fria, antes da nossa chegada", contou. 

Segundo Alessandra, os tripulantes teriam relatado que, pouco antes da queda, o helicóptero começou a perder altura. E, logo que despencou na lagoa, a aeronave afundou rapidamente, mas dando tempo de eles saírem. "Um deles (dos acidentados) estava melhor e conseguiu nadar até à margem e os outros dois foram resgatados pelos fazendeiros. Como o piloto estava muito grave, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal fez o transporte aéreo dele ao Hospital de Base", explicou a tenente. A unidade de saúde brasiliense também recebeu Emediato, que como Vargas e Batista — que foi para o hospital Santa Lúcia —, veio com os militares brasilienses para a capital federal.

Preocupação

O quadro do piloto, de acordo com os médicos, é mais grave. Ele está com suspeita de traumatismo craniano (TCE), teve um corte na região da cabeça e cerca de cinco fraturas no tórax. Por outro lado, o sócio do Grupo R2 encontra-se estável, assim como o empresário do DJ Bhaskar. 

A empresa de Emediato emitiu uma nota oficial relatando o ocorrido e que ele se encontrava bem. "A R2 informa que está acompanhando o fato de perto e roga para o pronto e rápido restabelecimento de todos os envolvidos no acidente", finalizou a mensagem. 

Submersa na lagoa, a aeronave deve ser retirada nos próximos dias, segundo informações do Cenipa, que investigará o acidente. Helicópteros para cinco passageiros têm, em média, 4m de altura e 13m de cumprimento. A investigação que será realizada tem, entre outros propósitos, prevenir novos acidentes e levantar informações que permitam entender o que houve. As conclusões permitirão recomendações sobre a segurança.

  •  Ricardo Emediato, fundador do grupo R2, está no Hospital de Base
    Ricardo Emediato, fundador do grupo R2, está no Hospital de Base Foto: Redes Sociais
  • Empresário Lucas Batista Bezerra
    Empresário Lucas Batista Bezerra Foto: arquivo pessoal
  • O empresário Lucas Batista Bezerra estava na viagem de negócios
    O empresário Lucas Batista Bezerra estava na viagem de negócios Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press
  • PRI-2806-AGUA_FRIA
    PRI-2806-AGUA_FRIA Foto: Lucas Pacifico

Tags

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 28/06/2024 00:01 / atualizado em 28/06/2024 08:38
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação