O poder público e a sociedade ainda não estão preparados para o envelhecimento da população, disse a juíza Monize Marques, coordenadora da Central do Idoso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quarta-feira (26/6). Aos jornalistas Sibele Negromonte e Carlos Alexandre de Souza, a magistrada comentou que o Brasil envelheceu mais rápido do que países da Europa.
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Marques destacou que ainda existe grande preconceito acerca do envelhecimento e, por conta disso, dificilmente o assunto é tratado nas bancadas importantes de poder. “Infelizmente não estamos 100% preparados, estamos a caminho, e acredito que oportunidades como esta — da entrevista — fazem com que nos aproximemos mais da relevância desse tema”, observou.
A juíza informou que a curva de envelhecimento do Brasil é diferente da de outros países e isso dificultou a preparação para lidar com essa faixa etária. “A França levou aproximadamente 140 anos para envelhecer e nós levamos menos de 20. A partir de 1970, diminuímos nossa natalidade e aumentamos consideravelmente nossa longevidade, então de fato o país envelheceu muito rápido”, pontuou.
Para Marques, criar uma sociedade para todas as idades pode ser a solução. Ela destaca, por exemplo, que a atenção à saúde ao longo da vida contribui para as pessoas envelhecerem com bem-estar, e dessa forma a expectativa de vida melhora, e as condições de envelhecimento também. “Para a população 60+, a primeira ação seria um planejamento estratégico e trazer para o envelhecimento o respeito a quatro pilares: a segurança, saúde, participação e a aprendizagem ao longo da vida”, finalizou.
Veja a entrevista na íntegra
*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho
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