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Investigação

Quinze homicidas foragidos no DF são presos; relembre casos de repercussão

Entre os detidos, está um dos suspeitos de matar e ocultar o corpo de Luís Felipe Martins de Moura, 16 anos, morto em abril de 2016, no Recanto das Emas

Criminoso chegou ao ponto de tatuar o corpo com o artigo 121 do Código Penal, que corresponde ao crime de homicídio -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Criminoso chegou ao ponto de tatuar o corpo com o artigo 121 do Código Penal, que corresponde ao crime de homicídio - (crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil, por meio da Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (PCDF/CHPP), prendeu na primeira quinzena deste mês 15 homicidas foragidos do Distrito Federal. Entre os detidos, está um dos suspeitos de matar e ocultar o corpo de Luís Felipe Martins de Moura, 16 anos, morto em abril de 2016, no Recanto das Emas. 

As prisões ocorrem no âmbito da operação Animus Necandi 4, que visa reduzir as ocorrências de homicídios e prender os autores desse tipo de crime. O resultado da ação levou ao cumprimento de sete mandados de prisões por homicídio, decorrentes de sentenças penais condenatórias, e oito mandados de prisões preventivas. 

Um dos 15 presos é um homem, de identidade não revelada, envolvido na morte do adolescente Luís Felipe Martins. À época, o menino ficou desaparecido por seis dias, após sair da casa da avó, na Quadra 307 do Recanto das Emas, dizendo que receberia um dinheiro. As investigações confirmaram o envolvimento de dois vizinhos no crime. Um deles foi preso posteriormente. O outro foi detido pelos policiais da CHPP em 7 de junho. 

Outro caso de repercussão no DF foi o da morte do jovem Christian Peterson Ferreira, de 19 anos, morto com 12 tiros em 14 de setembro de 2021, numa chácara do Sol Nascente. O motivo foi uma briga de trânsito. A polícia concluiu que quatro pessoas foram responsáveis pelo crime. Três já estavam presos e o quarto foi detido em 19 de junho, após ser alvo da operação Animus. 

“[...] Os autores estavam em local incerto e não sabido e foram capturados em diversas regiões do DF, tendo exigido planejamento estratégico, tático e operacional, com levantamentos de informações acerca da identificação, periculosidade e localização dos indivíduos a serem capturados para segregação ou para a unificação de penas, nos termos do art. 111, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal”, detalhou o coordenador da CHPP, o delegado Laércio Rosseto. 

Números

O ano de 2023 registrou a taxa mais baixa no número de ocorrências de homicídios desde 2002, segundo a PCDF. Ou seja, ao longo de 20 anos, com o registro de 256 homicídios em 2023, ocorreu uma redução de 55% das ocorrências, sendo que cerca de 72% desses crimes foram elucidados.

A taxa de ocorrências de homicídio por 100 mil habitantes no DF era de 26,7 em 2002, e em 2023 baixou para 8,7 por 100 mil habitantes.

A CHPP concentra as investigações na elucidação dos crimes e na responsabilização dos autores, em especial os que oferecem maior periculosidade e possibilidade de matar novamente, ao ponto de tatuar o corpo com o artigo 121 do Código Penal, que corresponde ao crime de homicídio, bem como o art. 157, § 3º, II, do Código Penal, que corresponde ao crime de latrocínio (roubo seguido de morte). 


 

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postado em 24/06/2024 19:03
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