Paralisação

Em greve, técnicos e auxiliares de enfermagem protestam em frente à CLDF

A paralisação foi anunciada nessa segunda-feira (17/6). Os profissionais cobram reestruturação da carreira e equiparação salarial em 70% em relação às outras categorias

Até então, a paralisação não tem data prevista para ser finalizada
 -  (crédito: Letícia Guedes )
Até então, a paralisação não tem data prevista para ser finalizada - (crédito: Letícia Guedes )

Na manhã desta quarta-feira (19/6), técnicos e auxiliares de enfermagem se reuniram em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para protestar. Os profissionais da saúde, que estão em greve por tempo determinado desde essa segunda-feira (17/6), pediam pela reestruturação da carreira e equiparação salarial em 70% em relação às outras categorias. 

A técnica de enfermagem Rosinete dos Anjos Soares, 45 anos, trabalha na Unidade Básica de Saúde (UBS) de São Sebastião. À reportagem, relatou que a indignação coletiva acontece pelo fatos dos profissionais estarem há muito tempo sem reajuste e reestruturação da carreira. "Agora, eles estão propondo que a gente pare a greve para poder negociar na próxima quarta (26/6). Mas, pelo visto, a maioria não está aceitando, então a greve vai continuar!", afirma.

Silvânia Lacerda, 50, técnica de enfermagem, também trabalha na unidade de saúde de São Sebastião. Ela informou que a classe está há 10 anos sem reajuste salarial. "O único retorno que a gente está tendo é descaso." Ela disse que esta é a segunda vez que paralisa para pedir pelos próprios direitos e que da outra vez não conseguiram nenhum acordo, apenas o abono das horas em que permaneceram paralisados. 

A técnicas de enfermagem Rosinete dos Anjos Soares e Silvânia Lacerda chegaram em frente à Câmara por volta das 8h
A técnicas de enfermagem Rosinete dos Anjos Soares e Silvânia Lacerda chegaram à Câmara por volta das 8h (foto: Letícia Guedes )

As profissionais comentaram que saíram cedo de casa para pedirem por seus direitos e declararam que é cansativo estar nesta situação. "A população e o governo precisam saber da importância dos hospitais públicos. Muita gente tem plano de saúde, inclusive eles (governantes), mas a população está sofrendo com isso. Nós temos que saber que somos importantes, fazemos um trabalho de extrema importância pra população. Por isso, acredito que todos têm que estar unidos nesse propósito, de conseguir uma valorização melhor, para toda a categoria", declarou Rosinete.

Paralisação 

Os profissionais que atuam em unidades de atendimento do Distrito Federal anunciaram greve por tempo indeterminado, a partir dessa segunda-feira (17/6). A decisão foi aprovada, em assembleia realizada na terça-feira (11/6), em frente à Câmara Legislativa do DF.

Liderada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), os profissionais cobram reestruturação da carreira e equiparação salarial em 70% em relação a outras categorias, como as de médico e de enfermagem que também trabalham no governo.

Antes de o sindicato votar pela greve na segunda-feira, a categoria realizou uma reunião com o secretário da Casa Civil, Ney Ferraz, para tratar dos temas de equiparação salarial e reestruturação de carreira. O encontro, segundo o Sindate, não contou com uma contraproposta por parte do governo.

Em nota enviada ao Correio, a Secretaria de Saúde de DF (SES-DF) afirmou manter o "diálogo em busca de um entendimento com categoria". A reportagem também contatou a Casa Civil do DF para esclarecimentos sobre a reunião realizada na terça com o sindicato dos técnicos e auxiliares de enfermagem. Até a publicação desta reportagem, não houve respostas da pasta.

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postado em 19/06/2024 13:37
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