Os auxiliares e técnicos de enfermagem entraram de greve na manhã desta segunda-feira (17/6). A categoria cobra nomeações de aprovados em concurso público, reestruturação da carreira e equiparação salarial em 70% em relação a enfermeiros que também trabalham no governo.
A reportagem recebeu relatos de greve em hospitais públicos e em todas as Unidades de Saúde (UBSs). Apesar da paralisação da categoria, o sindicato reiterou que os serviços de emergência continuam nesses locais.
Ao Correio, a Secretaria de Saúde (SES-DF) afirmou que o movimento teve adesão da maioria UBSs. "Consequentemente, algumas salas de vacinação encontram-se fechadas", explica a SES. A pasta, no entanto, não detalhou quantos postos de vacinação estão fechados.
Greve é abusiva, diz Justiça
Na sexta-feira, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) conseguiu liminar na Justiça para proibir a greve. Na decisão, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Maria Ivatônia Barbosa dos Santos, considerou abusiva a medida de greve, isso não a categoria não teria apresentado um plano de contingência para garantir as prestações de serviço. O sindicato disse que não foi intimado da decisão.
“Desse modo, na forma como foi comunicada a deflagração da greve, sem a apresentação de plano de contingência para a manutenção desse serviço essencial à população, há forte evidência de se cuidar de exercício abusivo do direito de greve nos termos do artigo 14 da Lei 7783, o que coloca em grave risco toda a população carente do DF que necessita dos serviços da saúde pública, além de todo e qualquer cidadão eventualmente compelido a buscar esse serviço na hipótese de urgência e de emergência médica”, salientou a magistrada na decisão.
Ao fim, Maria Ivatônia determinou que todos os servidores representados pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF). cumpram regularmente a sua jornada de trabalho. Em caso de descumprimento, a categoria pode ser multada a R$ 50 mil por dia.
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