ENTREVISTA

Vacina com auxílio de imunoterapia pode ser novidade no tratamento de câncer

Ao CB.Saúde, médico comentou sobre os principais estudos para tratar melanoma, apresentados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica

A combinação de imunoterapia com a vacina tem gerado resultados significativos.  -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
A combinação de imunoterapia com a vacina tem gerado resultados significativos. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

As novidades em tratamentos para melanoma — câncer de pele — apresentadas no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), como vacina e imunoterapia, foram discutidas pelo oncologista clínico da Oncoclínicas Brasília Igor Morbeck, no programa CB.Saúde — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (13/6). Às jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte, o médico destacou que a avaliação ainda é preliminar, mas os resultados surpreenderam.

Morbeck explicou que a criação de vacinas para tratar o câncer é algo que vem sendo estudado há décadas, mas tem sido acompanhado de frustrações. “Agora talvez a história seja diferente. Pesquisadores conseguiram elaborar uma vacina para melanoma que é semelhante às vacinas elaboradas para a covid-19, com vírus de RNA”, descreveu. Ele comentou que a combinação da vacina com a imunoterapia — método para tratar o câncer com a ativação do próprio sistema imunológico do paciente — faz com que haja um sinergismo que possa promover atividade contra as células do melanoma nos pacientes.

A criação de uma vacina contra o câncer é algo muito complexo, de acordo com o médico. “Quando falamos em vacina contra o câncer, imaginamos a prevenção de infecções em geral. No caso do câncer, ele já está presente em forma de células ou tumores, e a vacina vai atuar naquela região. Então, é uma complexidade muito maior”, comentou.

Outra novidade também destacada pelo médico se deve ao fato de que antes o tratamento para o melanoma era a cirurgia seguida de uma avaliação regional de gânglios. “Esse estudo olhou o contrário, fez a imunoterapia antes para avaliar a resposta, para depois fazer a cirurgia e avaliar o potencial da imunoterapia posterior a essa cirurgia”, explicou. 

Veja a entrevista na íntegra

 

*Estagiário sob a supervisão de Eduardo Pinho



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postado em 13/06/2024 19:22
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