Quando a Casa Nossa Capital, à época chamada de Nova Capital, foi inaugurada na Avenida Comercial de Taguatinga. José Honório Machado Mota, 52 anos, filho do antigo proprietário, Ramiro Ferreira Mota, conta que o pai tinha de molhar a rua com mangueira para que a poeira da avenida, que não era asfaltada, não entrasse para dentro da loja.
Após a morte do pai, José Honório passou a gerir o negócio junto à mãe, Iracema Machado Mota, que hoje com 77 anos cuida do negócio apenas de longe, auxiliando e dando dicas ao filho. Taguatinguense, nascido e criado na região, José Honório relembra que ajudava o pai nos afazeres do comércio desde quando ainda estava no colegial. "Eu estou aqui na loja desde sempre, seguindo os passos dele e tentando absorver o que ele tinha de melhor", destaca.
Desde quando Ramiro faleceu, há 22 anos, o filho tornou-se o braço direito da mãe. Orgulhoso, informou que comumente fregueses visitam o comércio e contam que iam à loja com os pais, quando eram crianças. "A gente tem a satisfação de ver clientes falarem que eram bem atendidos e que sentem saudade do meu pai, mesmo tendo mais de 20 anos que ele faleceu. São clientes que os pais traziam na loja para comprar coisas, é um costume que passa de geração em geração", afirma.
O espaço onde as ferramentas e produtos de utilidades para residências são vendidos continua igual. Contudo, José Honório relata que, apesar da fidelidade de muitos clientes, o movimento não é o mesmo. "O comércio caiu muito. Na época do meu pai, a gente tinha uma quantidade de clientes maior devido ao fato de não existir Águas Claras e Samambaia. Todo mundo vinha comprar aqui", ressalta.
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