meio ambiente

Distrito Federal entra em alerta contra incêndios florestais

Período de seca é propício para fogo na mata. Segundo bombeiros, a média de maio deste ano foi de 30 ocorrências por dia

Ibram faz aceiro negro no Parque Ecológico Águas Emendadas para evitar os grandes estragos das queimadas -  (crédito: Mariana Saraiva/CB/D.A.Press)
Ibram faz aceiro negro no Parque Ecológico Águas Emendadas para evitar os grandes estragos das queimadas - (crédito: Mariana Saraiva/CB/D.A.Press)

O aviso de emergência contra os incêndios florestais no Distrito Federal se intensifica no período de estiagem, entre maio e setembro. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-DF), nesta época do ano, a umidade mais baixa deixa a vegetação mais seca, um cenário propício para a propagação das chamas. 

De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), foram 5.571 ocorrências de incêndio em 2023, contra 10.655 no ano anterior. O dado tem relação direta com o fato de o período de estiagem ter sido consideravelmente menor em 2022. O capitão João Rafael Freitas da Silva comenta que, em 2024, foi observado um aumento na quantidade de ocorrências para o mês de maio, com uma média de mais 30 casos de incêndio florestal por dia, em todo o DF. "Prevemos que, este ano, teremos um alto número de incêndios florestais no DF", aponta. 

A Sema vem desenvolvendo, desde o início do ano, por meio da Coordenação do Plano de Prevenção e Combate aos incêndios Florestais (PPCIF), diversas ações de prevenção. Uma delas é a contratação de 150 brigadistas destinados ao combate dos incêndios florestais nas unidades de conservação sob a gestão do Brasília Ambiental no período de junho a novembro.

A pasta destaca que essa medida inibe  a ação de vândalos e incendiários, além das ações de combate, uma vez que o trabalho desses brigadistas otimiza o tempo de resposta dos incêndios florestais com a intervenção imediata no combate às chamas e a identificação dos focos de forma mais rápida e eficaz.

Cuidados

Ainda de acordo com o capitão João Rafael Freitas da Silva, é importante que a população seja protagonista nessa prevenção. "Não realize queimadas. Não faça fogueiras próximo a áreas de vegetação e, quando fizer em local distante de vegetação, apague-a antes de sair para evitar que o vento sopre fagulhas para local próximo", enumera. Ele ainda orienta ao cidadão que, ao se deparar com um incêndio ou princípio de incêndio florestal, ligue 193 e informe o mais rapidamente possível para que o CBMDF possa atuar. 

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) vem atuando por meio da Diretoria de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (DPCIF), para que os incêndios ocorram em menores proporções. O órgão faz levantamento das áreas críticas, de maior risco de queimadas, para que seja executada a reabertura de aceiros e faixas de segurança. De acordo com o Ibram, esses aceiros ajudam a prevenir a propagação dos incêndios florestais porque criam uma barreira natural impedindo que o fogo externo adentre às unidades de conservação (UC), e se o incêndio tiver sua ignição dentro da UC, com as faixas de segurança, o fogo tende a não se propagar, ficando restrito a uma determinada área, o que facilita o combate.

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postado em 01/06/2024 06:00