A escultura do Rei Pelé, no Boulevard de Taguatinga, se transformou num ponto turístico da cidade. Obra é uma homenagem também aos taguatinguenses, como destaca o artista plástico Omar Franco, responsável pela criação desse cartão-postal.
Para ele, a escultura do Rei Pelé foi uma experiência única. Fiz uma peça vazada de aço inoxidável com um volume expressivo, onde luz e sombra dão uma realidade viva de Pelé, numa imagem dele ainda jovem e no auge da carreira. A interação com a população foi imediata a tal ponto de as pessoas zelarem pela sua proteção contra o vandalismo. Deu muito orgulho a cidade que estava precisando recuperar sua autoestima", afirma.
Omar e a família chegaram a Taguatinga vindos de Congonhal, Sul de Minas Gerais, em 1969. "Tinha 12 anos. Meu aprendizado em arte começou em 1970 no CTN (Colégio de Taguatinga Norte). O professor Ruiter Lima criou uma turma de alunos mais habilidosos para aprofundar o estudo da educação artística fora do horário escolar. Eu fui um dos selecionados. Isso foi fundamental para minha escolha e continuidade do que faço até hoje", afirma Omar.
Premiado
Conhecido e valorizado no mundo das artes plásticas, Omar tem uma trajetória de prêmios e de exposições pelo país. "São quase 50 anos de dedicação exclusiva às artes. A escultura é uma atividade que mudou minha vida e meu modo de existir no mundo. O desenho e a pintura me acompanham sempre de forma coadjuvante. A escultura é tudo", reforça.
Suas esculturas estão em vários museus espalhados pelo país. "Em Brasília, é difícil passar despercebido por uma peça minha. Estão nas ruas e praças. Tem também no Congresso Nacional, Palácio do Itamaraty, no edifício sede da Caixa Econômica Federal, coleções públicas e particulares. São centenas delas", acrescenta.
E o carinho por Taguatinga só aumenta, segundo ele. "É a cidade que me acolheu, me ofereceu tudo que tinha de melhor. Meus filhos nasceram aqui. Eu me sinto em casa, como um filho na casa da mãe. Sou grato por isso tudo. Tenho levado comigo essa gratidão por aonde ando. Devo a ela tudo que fiz. Temos aqui uma vida comum. Anônima. Tranquila. Até os (cachorros) caramelos da rua dão bom dia pra gente!
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