Na QNA 5, há um ponto tradicional considerado quase que uma parada obrigatória. No Bar dos Pescadores, as diversas garrafas de bebidas expostas nas prateleiras e a estufa abarrotada de salgados, mandiocas, linguiças e aperitivos mineiros são um convite tentador a quem cruza com o local.
O bar existe no mesmo endereço desde o final de 1978. O pai de Ademar de Souza, 65 anos, abriu o estabelecimento alguns anos depois de mudar-se com a família de Estrela do Indaiá, Minas Gerais, para Taguatinga Norte. Logo que completou 20 anos, Ademar (mais conhecido pelos frequentadores como Lolô) passou a ajudar no negócio da família e hoje é o responsável por comandar o espaço.
O local, que já serviu de cenário para inúmeras histórias, cresceu com a cidade. O proprietário lembra que antes o boteco era menor — uma grande mesa de sinuca, que hoje não existe mais, ocupava boa parte do espaço. "O nome também mudou. Antigamente, se chamava Taguacenter, mas um dia o luminoso acabou danificado e quando a cervejaria veio trocar, pediram para eu escolher o nome, eu falei 'agora danou-se', aí um amigo nosso que estava sentado ali disse 'uai, Bar dos Pescadores, aqui só frequenta pescadores, então não tem outro jeito', todo mundo gostou, o rapaz escreveu lá e ficou até hoje", conta Lolô, completando que a troca do nome aconteceu em 1982.
A movimentação no boteco é diária. Pelo local passa fregueses famosos e anônimos. A cerveja gelada e os famosos tira-gostos podem ser encontrados no local de segunda a sábado. Morador de Taguatinga há 52 anos, Lolô conta que guarda muitas memórias vividas na região. "Quando eu saio para passear em outro lugar, rapidinho quero voltar. É uma cidade muito bacana, eu adoro Taguatinga." Afirma que quando chegou, há cinco décadas, aos 13 anos, deparou-se com barracos de madeira e com a terra vermelha, jamais imaginou que a região se transformaria no que é hoje.
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