INCÊNDIO

Incêndio em Águas Claras: polícia investiga possível abandono de incapaz

Idosa morava no apartamento do filho, um médico de 63 anos. O homem já foi preso em 2023, também por ter abandonado a mãe

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga possível abandono de incapaz no caso da idosa, Zely Curvo, 94 anos, que morreu durante incêndio na manhã desta sexta-feira (31/5), em Águas Claras. As diligências estão sendo feitas pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).

A idosa morava no apartamento do filho, um médico de 63 anos. Em 2023 o homem foi preso também por abandono de incapaz. Na ocasião, Zely estava internada no Hospital Militar da Área de Brasília. No entanto, mesmo depois de ter condições de alta, o filho não providenciou a retirada da genitora do local e Zely acabou apresentando quadro infeccioso devido ao prolongamento desnecessário da idosa no hospital, à época com 93 anos. O médico foi preso em 17 de maio daquele ano e solto em audiência de custódia no dia seguinte. 

Zely tinha diagnóstico de demência senil e histórico de AVC, encontrando-se totalmente dependente para as atividades diárias. O filho é graduado em medicina e atuava como ginecologista, mas teve o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) cassado. 

O filho também administrava a renda da idosa, no montante de R$ 12 mil, por meio de procuração. Também foi apurado que Zely tinha um outro filho, que não tem contato com a família. 

O Correio não identificará os filhos por ainda não ter conseguido contato, ou manifestação de defesa deles. Em caso de resposta, o texto será atualizado. 

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