TRAGÉDIA NO SUL

Organizar doações é importante para facilitar triagem e envio

Para facilitar a separação e a remessa ao RS, a FAB pede que as doações sejam entregues preferencialmente em caixas, separando por categoria e identificando o conteúdo. A FAB está recebendo as doações das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira

Sem previsão para serem encerradas, as campanhas de doações ao Rio Grande do Sul continuam arrecadando donativos diariamente no Distrito Federal. Nessa quarta-feira (15/5), a Polícia Civil (PCDF) divulgou que 93,5 toneladas de produtos foram angariados pela corporação. Com uma semana de campanha, o Serviço Social do Comércio (Sesc-DF) reuniu mais de 70 toneladas de itens. Os números mostram que os moradores da capital têm saído de casa, independentemente do ponto de doação escolhido como destino, movidos pela empatia e vontade de ajudar.

O Correio encontrou, na unidade do Sesc da 913 Sul, a servidora pública Daniela Ferraz, 53 anos, moradora do condomínio Mansões Entrelagos, próximo ao Itapoã. Ela passou na unidade apenas para emitir uma carteirinha, mas, ao entrar na recepção, foi surpreendida com um cantinho separado para receber doações. Empolgada, voltou ao carro para buscar o que havia levado. "Acho que o nome desse sentimento é compaixão. Tenho tudo na minha casa. Lá está tudo certo, mas, na deles (gaúchos), não. Doar não me custou nada, não precisei comprar, são coisas que eu tinha, e que não havia motivo para segurar. É sobre sempre fazer o bem, sem olhar a quem e sem querer nada em troca", completou.

A advogada Fernanda Koressawa, 35, do Guará, é aluna do Sesc da 913 Sul. Para ela, a mobilização no DF é grande, principalmente, por ser um risco fora da realidade da população da capital federal. Fernanda também mencionou que ser mãe de uma menina de 15 anos a deixa ainda mais sensibilizada com a situação. "Quando a gente vê isso tudo acontecendo, como cristã, como mãe, como ser humano, não tem como não olhar para a nossa casa, para o armário, toda a nossa estrutura e agradecer", destacou. A advogada explicou que tem doado "aos pouquinhos" e, a cada mexida no guarda-roupa, retira novas peças para entregar em diferentes pontos.

A comerciante Ester Maia, 68, moradora da Asa Sul, chegou ao local arrastando um carrinho de compras antigo. Nele, estavam embaladas toalhas, calças de frio e roupas de cama. Foi a primeira vez que Ester doou às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Ela contou que ficou sensibilizada e decidiu que deveria ajudar. 

Letícia Guedes -
Letícia Guedes/CB/D.A Press -
Ed Alves/CB/DA.Press -

Donativos prioritários

Desde o início da campanha Todos Unidos pelo Sul, coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), o número de donativos tem superado as expectativas. Com os galpões das bases de Brasília, São Paulo e Galeão lotados, a FAB divulgou os produtos dos quais as vítimas mais precisam. Veja abaixo:

Itens mais necessários

» Colchões
» Cobertores
» Fraldas (adulto e infantil)
» Absorventes
» Roupas de frio
»Roupas de cama
» Cestas básicas
» Itens da cesta básica
» Alimentos prontos, como bolachas, barras de cereais e castanhas
» É muito importante que as doações estejam em condições imediatas de uso, ou seja, sem danos e limpas
»No caso de roupas íntimas, é imprescindível que sejam novas ou descartáveis

Como embalar

» Preferencialmente em caixas, separando por categoria e identificando o conteúdo

Para que a tarefa de receber, separar e enviar os itens seja melhor direcionada, a FAB está recebendo as doações das 8h às 16h. Os donativos continuam sendo recebidos de segunda a sexta-feira. A organização dos itens facilita o trabalho de triagem e a preparação das cargas.

Veja AQUI os locais que estão recebendo doações.

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