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Casa Azul organiza feijoada solidária, no sábado, para levantar recursos

A entidade também quer mostrar o trabalho social que desenvolve, atendendo, diariamente, cerca de 2 mil pessoas no DF

Com o objetivo de conseguir recursos financeiros, a Casa Azul Felipe Augusto, uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua no combate às desigualdades sociais no Distrito Federal, realizará neste sábado a 2ª edição do evento Feijoada — Samba, Pagode e Solidariedade. O almoço será no Clube AABB, no Setor de Clubes Esportivos Sul, às 11h. Os convites para o evento custam R$ 50 e dão acesso à feijoada completa.

Segundo Daise Lourenço Moisés, presidente e fundadora da Casa Azul, a iniciativa é uma forma de alcançar a comunidade para mostrar o trabalho feito na organização, além de coletar fundos que possibilitem a continuidade das atividades da entidade. A 1ª edição da feijoada ocorreu em 8 de maio do ano passado. À época, a instituição conseguiu valores suficientes para se organizar financeiramente.

"A feijoada é uma fonte para ajudar a compor a receita da organização, de forma que consigamos manter as atividades. A quantia que a gente recebe atualmente não dá. Nós pagamos 150 funcionários, alimentação, contas de energia e, quando vemos, já acabou o dinheiro. Então, temos que suprir a falta de recursos por meio de eventos ou com pessoas que possam doar de forma recorrente", declarou a presidente.

Agora, a Casa Azul se organiza para que o evento se torne uma tradição na cidade. A expectativa é de que aconteça todos os anos, no mês de maio, especialmente pela comemoração do Dia das Mães. "A gente quer que seja um encontro para além da feijoada, onde as pessoas conheçam o trabalho da Casa, se engajem como voluntários e doadores. É também uma oportunidade para que as empresas descubram que há uma instituição bem pertinho delas, que atende mais de 2 mil pessoas por dia, que transforma vidas."

Sobre a Casa Azul

A organização surgiu há 35 anos, quando um dos filhos de Daise faleceu aos 16 anos. Em meio ao luto, cresceu na mãe a vontade de ajudar comunidades necessitadas. Sendo assim, em menos de um ano após a partida do jovem, a mãe, enlutada e encorajada, fundou a organização.

O que inicialmente tratava-se de uma assistência centralizada em apenas uma região, mais especificamente em Samambaia, onde atendiam cerca de 30 famílias, tornou-se algo maior. Hoje, a Casa Azul recebe cerca de 2 mil pessoas diariamente. "Nós atendemos, agora, pessoas de 6 a 59 anos. As crianças ficam no contraturno da escola e a partir dos 14 anos nós começamos a prepará-las para inserção no mercado de trabalho. Estamos, também, com um projeto voltado para mulheres vítimas de violência doméstica. Apenas este ano, capacitamos cerca de 350 mulheres", comemorou Daise.

A organização atua nas comunidades de Samambaia, Riacho Fundo II, São Sebastião e Vila Telebrasília, nas quais são oferecidas oficinas de artes, teatro, música (flauta, percussão, orquestra), dança (balé e hip hop), informática, atividades esportivas, orientação pedagógica e formação profissional. Também é realizado acompanhamento familiar e garantido o acesso da comunidade a cursos profissionalizantes.

Desde 2018, a Casa Azul está entre as melhores 100 organizações não governamentais (ONGs) do país. Por dois anos consecutivos, em 2021 e 2022, foi considerada a instituição que mais se destacou no Distrito Federal. Atualmente, o espaço recebe emendas parlamentares, mas a fundadora ressaltou a importância de a população se voluntariar, uma vez que são muitos beneficiados e as despesas ultrapassam mensalmente os valores recebidos.

 


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