MEMÓRIA

Morre pioneiro Creso Villela, responsável pelas obras do Congresso Nacional

O pioneiro foi ex-presidente do Sinduscon-DF e reconhecido por Juscelino Kubitschek como apoiador do desenvolvimento nacional

Morreu nesta sexta-feira (3/5) o pioneiro Creso Villela, aos 95 anos. O ex-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) foi responsável pelas obras do Congresso Nacional e da Praça dos Três Poderes. O corpo será cremado em cerimônia reservada a familiares.

Creso fundou a construtora Villela e Carvalho, empresa que está na terceira geração. Um dos herdeiros, o engenheiro civil Vitor Villela, anunciou a morte do avô. "Ele descansou. Expirou dormindo e sem dores", contou. Ele deixa sete filhos: Jerônimo, Eduardo, Mônica Beatriz, Ana Lúcia, Claudio, Paulo e Ana Paula, além de dezenas de netos.

“Creso Villela foi uma referência de empresário, líder sindical e ser humano. Sua partida deixará um vazio na história da cidade, especialmente na construção civil, mas também um enorme legado para as pessoas que o conheceram”, disse o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior.

O fiscal de obras do Congresso Nacional nasceu em Jataí, no Goiás, município fundado pelo seu tataravô e onde, 26 anos depois, Juscelino Kubitschek disse, publicamente, pela primeira vez, que a capital do país seria construída no interior do Brasil.

Em 1959, foi contratado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e, com sua esposa, Ernestina, conhecida como Tininha, morou em um acampamento onde hoje fica o estacionamento do Senado. "Brasília foi um canteiro de obra extraordinário para mim", contava ele, cuja primeira função foi fiscalizar as obras do Congresso Nacional.

Pouco depois de sua chegada, Creso tornou-se o chefe da 2ª Divisão de Obras do Departamento de Edificações da Novacap. Creso Villela foi responsável pelas obras de edificação da Praça dos Três Poderes.

Pelos seus serviços, ele recebeu uma carta escrita pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek, em que reconhece o patriótico apoio do engenheiro arquiteto à luta travada na condução do desenvolvimento nacional.

A esposa de Creso, Ernestina, conhecida como Tininha, faleceu em 2019. Os dois viveram juntos por 65 anos, considerando namoro, noivado e casamento.

Imagem cedida ao Correio -
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