Justiça

TJGO nega novamente liberdade a bombeiro do DF que baleou maquiadora

O bombeiro do Distrito Federal Andrey Suanno Butkewitsch está preso desde janeiro, acusado de atirar na cabeça de uma maquiadora, após uma discussão de bar, em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros

Andrey responde por quatro tentativas de homicídio -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Andrey responde por quatro tentativas de homicídio - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) rejeitou mais um pedido para conceder liberdade provisória ao bombeiro do Distrito Federal Andrey Suanno Butkewitsch.

O militar está preso desde janeiro, acusado de atirar na cabeça da maquiadora Jully da Gama Carvalho, 30, em 28 de janeiro, após uma discussão em um bar, em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

A defesa de Butkewitsch argumentou que a manutenção da prisão do cliente havia carência de fundamentação, além de constrangimento ilegal. Mas, para a avaliação do juiz Hamilton Gomes Carneiro, a prisão do militar tem por garantia a ordem pública, da “instrução criminal e da aplicação da Lei Penal, considerando a gravidade do fato, o modo de execução, disparos de arma de fogo em local público”. 

O voto foi acompanhado pelos demais magistrados. Este foi o segundo pedido negado pela Justiça para libertar o bombeiro. Em fevereiro, o TJ rejeitou conceder liberdade ao militar, já que é de suma importância a garantia da ordem pública, dada “gravidade da conduta que motivou a decretação da prisão preventiva do acusado, tal como decidido no caso, mormente quando se observa o modus operandi”, disse à juíza Marina Mezzarana Kiyan, responsável pelo caso em primeira instância.

Réu

A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) foi acolhida pelo TJGO, que tornou réu o militar por quatro tentativas de homicídio e porte ilegal de arma de uso restrito.

Na decisão, a juíza Marina Mezzarana Kiyan pontuou que o caso “ostenta os requisitos legais e não vislumbro nenhuma das hipóteses de rejeição liminar previstas no art. 395 do CPP”, escreveu.

No inquérito da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), os investigadores citam que o sargento chegou ao bar acompanhado do amigo. Andrey estava na fila do estabelecimento para efetuar o pagamento e estaria olhando para Jully, o que incomodou o marido da jovem. O homem, então, resolveu tirar satisfação com Andrey e os dois iniciaram uma luta corporal.

Após o término da briga, Jully acompanhada do noivo e outros dois amigos, que saíram em direção ao local onde estavam hospedados. Com os quatro dentro do carro, Andrey dirigiu-se até o veículo da vítima, pegou a arma e disparou contra o vidro traseiro do carro, acertando a nuca da maquiadora.

O bombeiro deixou o local acompanhado de um amigo, o advogado identificado como Sandro Fleury Batista, mas foram encontrados na mesma rua, por policiais militares. Na delegacia, Andrey confessou que houve a discussão e disse ter atirado na intenção de intimidar os envolvidos, mas não para atingir nenhuma das vítimas.

No dia da ocorrência, Jully foi encaminhada às pressas ao hospital e passou por cirurgia. A rotina dela, compartilhada nas redes sociais, é de vídeos dentro do processo de fisioterapia e ao lado dos três filhos. Ela é moradora do Riacho Fundo, região administrativa do Distrito Federal, e se recupera das recentes cirurgias.

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postado em 29/05/2024 23:51 / atualizado em 29/05/2024 23:51
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