A oposição ao governo do Distrito Federal na Câmara Legislativa (CLDF) sugeriu, durante uma reunião, na tarde desta segunda-feira (27/5), que o GDF adiante a contratação de pouco mais de 9 mil servidores para a saúde pública da capital do país. A proposta foi revelada pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT), após o encontro.
O parlamentar, que é presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da CLDF, destacou que na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, já encaminhada pelo governo, tem a previsão de nomear 9.088 servidores para a saúde.
“A gente sabe que o deficit atual é de mais de 25 mil profissionais. Por isso, uma das nossas propostas foi a de antecipar essas nomeações, mas não tivemos respostas sobre isso na reunião”, comentou. “Queremos discutir essa possibilidade com as secretarias de Planejamento e Economia”, acrescentou Magno.
Reunião
O encontro, que durou três horas, serviu para que os parlamentares questionassem os secretários e o diretor do Iges-DF sobre soluções efetivas para melhorar a prestação de serviço nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais do DF. Todos os 24 distritais estiveram na reunião.
O Correio apurou que o clima da reunião foi tenso desde o início e que os representantes do GDF apresentaram como soluções o que já tinha sido adiantado em uma coletiva, realizada na última semana no Palácio do Buriti, além da contratação de mais profissionais da saúde.
O deputado Max Maciel (PSol) afirmou que é necessário rever o modelo de saúde do DF. “O Iges já se mostrou ineficiente para cumprir essa tarefa. Ele tem assumido cada vez mais hospitais e levado recursos consideráveis, mas não resolve os problemas da população”, avaliou. “Temos uma secretaria com o custo de R$ 12 bilhões e que não consegue dar um mínimo de resposta”, argumentou o distrital.
CPI
Na saída da reunião, a oposição disse que apresentou um pedido de instauração de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), que conta com cinco assinaturas, para investigar a atuação do Iges-DF na rede pública local. “A CPI é o instrumento mais contundente que temos, no Poder Legislativo, para intervir neste momento e vamos buscar o apoio dos nossos colegas”, afirmou Fábio Félix (PSol).
Presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), classificou o encontro como “extremamente proveitoso”. “É óbvio que algumas perguntas ainda ficaram sem resposta e há o compromisso da CLDF de encaminhar essas dúvidas ao poder Executivo, para que sejam devidamente esclarecidas”, acrescentou o parlamentar. Sobre o pedido de uma CPI, o deputado disse que é cedo para pensar no assunto.
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