CB.SAÚDE

Doenças inflamatórias intestinais estão mais ligadas a regiões desenvolvidas

O cirurgião coloproctologista Luiz Felipe de Campos Lobato destaca que hábitos de alimentação ruins, como a ingestão de ultraprocessados, contribuem para o surgimento de doenças

Para Luiz Felipe de Campos Lobato, doenças inflamatórias estão ligadas a regiões desenvolvidas -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Para Luiz Felipe de Campos Lobato, doenças inflamatórias estão ligadas a regiões desenvolvidas - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

As doenças inflamatórias intestinais estão diretamente relacionadas a regiões mais desenvolvidas e ao desmatamento. A afirmação é do cirurgião coloproctologista Luiz Felipe de Campos Lobato, em entrevista ao CB. Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília. Na conversa com as jornalistas Sibele Negromonte e Mariana Niederauer, ele destaca que as pessoas devem ficar atentas aos primeiros sintomas.

O cirurgião explica que essas doenças são cada vez mais comuns. “São representadas principalmente pela doença de Crohn e pela retocolite ulcerativa. Não são doenças raras, como imaginávamos há alguns anos. Os casos estão cada vez mais frequentes, principalmente nas áreas mais desenvolvidas, onde o consumo de ultraprocessados é mais frequente”, comenta.

Luiz Felipe disse que o desmatamento tem relação direta com uma maior incidência de doenças inflamatórias intestinais. “Em um estudo realizado em conjunto com diversas universidades fizemos um correlação dos lugares que tinham maior incidência de doenças inflamatórias com o desmatamento e foi algo que chamou a atenção, pois era como se um mapa copiasse o outro. Onde tinha mais desmatamento havia mais doenças inflamatórias intestinais”, detalhou.

O especialista destacou que as pessoas devem ficar atentas aos sintomas para um tratamento precoce. “Diarreia frequente, intestino que não funciona bem, cólica e perda de peso são sintomas comuns para vários problemas de saúde. Por isso, a necessidade do diagnóstico, mas, se alguns desses sintomas persistirem por longos períodos, é necessário procurar um médico”, alerta.

Assista a entrevista na íntegra

 

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postado em 23/05/2024 16:06 / atualizado em 23/05/2024 22:55
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