Detentos do Presídio de Igarassu, no Pernambuco, faturaram mais de R$ 1 milhão com golpes aplicados em todo o país. No Distrito Federal, ao menos 20 pessoas caíram na lábia dos presidiários pernambucanos. Na manhã desta quinta-feira (23/5), policiais civis da capital federal junto às Polícias Civis de Pernambuco, da Paraíba e de São Paulo cumpriram 22 mandados de prisão e busca e apreensão. Quinze homens foram presos.
Era por meio de um aplicativo de relacionamentos que os custodiados encontraram a forma de faturar alto. Se passando por mulheres, eles procuravam por vítimas homens e, a partir daí, iniciavam a conversa. Posteriormente, entrava em cena um segundo preso, que usava outro número de celular.
Esse segundo detento entrava em contato com a vítima e afirmava que ela estaria conversando com a “namorada” dele. Em tom ameaçador, o criminoso afirmava ser membro de facção - fato investigado pela polícia - e dizia que, caso a vítima não pagasse determinado valor, mataria ela e a família. Audaciosos, os golpistas chegaram a enviar fotos com armas de fogo.
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Apuração
As investigações da PCDF duraram cerca de 1 ano e quatro meses. “Ao longo dos meses, observamos que os autores responsáveis pela circulação do dinheiro eram envolvidos não só com a prática desta modalidade de crime de extorsão, mas com inúmeros crimes graves. Apesar de não terem renda fixa, alguns chegaram a movimentar mais de R$ 1 milhão em um período de três meses, relacionando-se financeiramente com indivíduos com os mais variados antecedentes: roubo a banco, roubo a correio, homicídios, entre outros”, afirmou a delegada Ágatha Braga, adjunta da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho).
Os investigados, agora presos, responderão pelos delitos de Extorsão, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, podendo receber uma pena máxima de 28 anos e, ainda, tiveram o bloqueio de suas contas decretado.
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