VÍTIMAS DO DF

Detentos faturaram mais de R$ 1 milhão com golpes aplicados dentro da cadeia

Ao menos 20 pessoas do DF foram vítimas dos presidiários, que atuavam em Pernambuco

Operação realizada ontem visou 15 encarcerados em presídio pernambucano. Investigação envolveu policiais do DF e de três estados -  (crédito: PCDF)
Operação realizada ontem visou 15 encarcerados em presídio pernambucano. Investigação envolveu policiais do DF e de três estados - (crédito: PCDF)

Detentos do Presídio de Igarassu, no Pernambuco, faturaram mais de R$ 1 milhão com golpes aplicados em todo o país. No Distrito Federal, ao menos 20 pessoas caíram na lábia dos presidiários pernambucanos. Na manhã desta quinta-feira (23/5), policiais civis da capital federal junto às Polícias Civis de Pernambuco, da Paraíba e de São Paulo cumpriram 22 mandados de prisão e busca e apreensão. Quinze homens foram presos.

Era por meio de um aplicativo de relacionamentos que os custodiados encontraram a forma de faturar alto. Se passando por mulheres, eles procuravam por vítimas homens e, a partir daí, iniciavam a conversa. Posteriormente, entrava em cena um segundo preso, que usava outro número de celular.

Esse segundo detento entrava em contato com a vítima e afirmava que ela estaria conversando com a “namorada” dele. Em tom ameaçador, o criminoso afirmava ser membro de facção - fato investigado pela polícia - e dizia que, caso a vítima não pagasse determinado valor, mataria ela e a família. Audaciosos, os golpistas chegaram a enviar fotos com armas de fogo.

Apuração
As investigações da PCDF duraram cerca de 1 ano e quatro meses. “Ao longo dos meses, observamos que os autores responsáveis pela circulação do dinheiro eram envolvidos não só com a prática desta modalidade de crime de extorsão, mas com inúmeros crimes graves. Apesar de não terem renda fixa, alguns chegaram a movimentar mais de R$ 1 milhão em um período de três meses, relacionando-se financeiramente com indivíduos com os mais variados antecedentes: roubo a banco, roubo a correio, homicídios, entre outros”, afirmou a delegada Ágatha Braga, adjunta da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho).

Os investigados, agora presos, responderão pelos delitos de Extorsão, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, podendo receber uma pena máxima de 28 anos e, ainda, tiveram o bloqueio de suas contas decretado.

 

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postado em 23/05/2024 12:23 / atualizado em 23/05/2024 12:23
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