O Tribunal do Júri do Gama condenou, nesta terça-feira (21/05), Bruno Gomes Mares a 24 anos e dois meses de prisão, em regime fechado, pelo crime de feminicídio contra Patrícia Pereira de Sousa e por porte ilegal de arma de fogo.
O Júri aceitou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de crime praticado contra a mulher em razão de condição de gênero, por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e na presença dos filhos da mulher.
O caso
Bruno Gomes Mares — autor do 20º caso de feminicídio de 2023 no Distrito Federal — é serralheiro autônomo e, para os vizinhos de onde morava com a esposa, Patrícia Pereira, era visto como uma pessoa normal e tranquila. A personalidade calma, contudo, não era a mesma dentro de casa. Familiares relataram ao Correio que o relacionamento do dois era marcado por brigas e discussões. A última delas, na noite de sexta-feira (30/6), terminou com o homem assassinando Patrícia na frente dos filhos.
Os filhos, um deles tem 14 anos e é fruto do relacionamento com Bruno. A filha mais velha, Xayanne Sousa, 22, contou ao Correio que a presença do padrasto era indesejada. Xayanne diz que era contra o relacionamento da mãe com o homem devido às cenas de agressão que já havia presenciado.
Xayanne explica que a mãe já tinha denunciado Bruno pelas agressões e se separado, mas acabava reatando o relacionamento pela dependência financeira e por pensar que seria melhor para o filho mais novo.
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