CORRUPÇÃO

Operação investiga agente público do DF que vendeu terreno da Terracap

O investigado negociou, em 2023, um terreno público com um empresário de Brazlândia e, atualmente, negociava outro lote público com uma rede de supermercados, segundo a Polícia Civil

Terreno da Terracap avaliado em mais de R$ 1 milhão foi negociado -  (crédito: PCDF)
Terreno da Terracap avaliado em mais de R$ 1 milhão foi negociado - (crédito: PCDF)

Na manhã desta terça-feira (14/5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) executou a segunda fase da Operação Colombo. O Correio apurou que o principal investigado é Marcelo Gonçalves da Cunha, ex-administrador regional de Brazlândia e chefe de gabinete do deputado distrital Iolando Almeida (MDB-DF). Ele é suspeito de negociar um terreno da Terracap avaliado em mais de R$ 1 milhão. Policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) cumpriram mandados de busca em duas residências, uma em Brazlândia e outra em Águas Lindas de Goiás. 

O deputado Iolando não é investigado. Em nota ele informou que "tomou conhecimento dos fatos por meio da imprensa nesta manhã e vai tomar as providências necessárias em relação ao fatos". O Correio tentou contato com Marcelo e da defesa dele e aguarda retorno. O espaço segue aberto para manifestações.  

As investigações conduzidas pela PCDF revelaram que o agente público negociou com um empresário local, em 2023, um terreno situado às margens do Lago Veredinha, área nobre de Brazlândia. O empresário já havia instalado água e luz no local. Ele foi preso por policiais civis da 18ª Delegacia de Brazlândia no dia 25 de abril, durante a primeira fase da operação. Atualmente, o empresário encontra-se em liberdade provisória.

Além deste terreno, Marcelo Gonçalves negociava outro lote público com uma rede de supermercados, segundo a polícia. A apuração também apontou que, em 2022, o ex-administrador regional de Brazlândia recebeu quantias de empresários que forneceram tendas e equipamentos de som e iluminação para três grandes eventos na região administrativa. Esses valores foram ocultados e dissimulados em contas pertencentes a parentes dos envolvidos.

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postado em 14/05/2024 10:09 / atualizado em 14/05/2024 19:16
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