O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes marcou a audiência de cinco testemunhas que colaboraram com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os policiais militares que integravam a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em 8 de janeiro do ano passado.
As audiências serão tocadas pelo desembargador Airton Vieira, magistrado instrutor do gabinete de Moraes. Entre as testemunhas arroladas na denúncia da PGR, em agosto do ano passado, serão ouvidas, por videoconferência, na segunda-feira (13/5), o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-interventor federal Ricardo Cappelli (veja lista completa abaixo). Os dois não respondem a essa ação penal, mas ajudaram os trabalhos da PGR.
Já para terça-feira (14/5), Vieira irá ouvir as testemunhas arroladas pelo ex-comandante-geral Fábio Augusto Vieira; em 15 de maio, às testemunhas do também ex-comandante-geral Klepter Rosa e do ex-chefe do Departamento de Operações, coronel Jorge Eduardo Naime.
Na quinta-feira (16/5), haverá a audiência das testemunhas dos coronéis Paulo José e Marcelo Casimiro Rodrigues. No mesmo dia, o STF irá concluir ouvindo as testemunhas do major Flávio Silvestre de Alencar e do tenente Rafael Pereira Martins. Moraes salientou na decisão, proferida no início da noite desta terça-feira (7/5), que não irá aceitar a inquirição de testemunhas meramente abonatórias, cujos depoimentos deverão ser substituídos por declarações escritas.
Todos os policiais são réus desde fevereiro, acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM.
Oitiva das testemunhas arroladas na denúncia da PGR
- Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal;
- Saulo Moura da Cunha, ex-diretor de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Ricardo Cappelli, ex-interventor da Segurança Pública do DF;
- Paul Pierre Deeter, diretor de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados; e
- Marcelo Canizares Schettini Seabra, secretário de segurança institucional do STF.
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