A possibilidade de a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) licitar os primeiros terrenos no bairro Jóquei Clube até outubro deste ano e a capacidade de habitantes que a região abrigará, cerca de 45 mil habitantes, foram pontos abordados pelo presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Roberto Botelho, durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta terça-feira (30/4).
Aos jornalistas Samanta Sallum e Arthur de Souza, Botelho conta que o bairro Jóquei é um projeto excepcional, moderno e com prédios altos para ocupar menos espaços e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos moradores. “Existirão mais espaços, o ar circula com mais facilidade entre os edifícios, e o sol entra melhor”, descreve. Ele revela que é uma região para classe média. “Acreditamos que é um público entre Águas Claras e o Guará, para atender essa faixa de renda que está mal suprida hoje”, pontua.
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O presidente da Ademi-DF também comenta que Brasília tem um grande problema porque 1,8 milhão de pessoas do Entorno poderiam estar morando no DF, pois trabalham e estudam aqui, mas recolhem impostos em Goiás. Botelho explica que, a partir da década de 1980, houve as primeiras expansões na capital, como Ceilândia, Recanto das Emas e Gama, e, depois disso, parou-se de expandir essas áreas. "A opção das pessoas que não queriam partir para algo ilegal (invasão de lotes) foi ir para o Entorno, já que os produtos lá eram ofertados por um valor mais barato. Esse número cresceu tanto que chegamos a 1,8 milhão de pessoas”, explica.
“Isso gera um grande problema, pois a maioria desses moradores trabalha, estuda e usa os hospitais do DF, mas paga impostos fora daqui. Não é bom para o Governo do Distrito Federal (GDF), pois ele deixa de arrecadar esse dinheiro que poderia estar sendo trabalhado dentro do DF”, comenta.
A solução encontrada foi a Lei Complementar 1027 de 28/11/2023. “Essa lei vai proporcionar que a iniciativa privada ofereça imóveis para esses nichos de mercados (população de baixa renda), que são fundamentais. Acredito que no início de maio deve sair o decreto”, finaliza.
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*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado