A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), desencadeou, na manhã desta quinta-feira (25/4) a segunda fase da operação Shot Caller, que tem como alvo empresas usadas pela facção Comboio do Cão para a lavagem de dinheiro e transporte logístico de drogas e armas.
Nesta manhã, a polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão e mandados de sequestro judicial de patrimônio. Entre as empresas investigadas, estão uma construtora e uma transportadora localizadas em Planaltina-GO, cujas contas bancárias foram usadas para o repasse de valores e aquisição de carregamentos de drogas. Além disso, contas bancárias de uma tabacaria e de um supermercado, ambos usados como fachada pelo grupo, também foram alvo de bloqueio judicial. As medidas constritivas atingem veículos de luxo adquiridos pelo grupo e valores em contas bancárias, tanto de pessoas físicas quanto de empresas.
Os mandados foram cumpridos em Planaltina, Ceilândia e Taguatinga e em Planaltina de Goiás. Em caso de condenação, os investigados poderão enfrentar penas por tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro realizada por organização criminosa que podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
Operação
A ação é parte de investigações realizadas anteriormente que, em 28 de novembro de 2023, resultaram na prisão de 18 indivíduos e no cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão. Nesta fase da operação, a equipe pretende aprofundar a investigação sobre o envolvimento da facção criminosa em atividades de tráfico de drogas e, principalmente, na lavagem de dinheiro.
Segundo a PCDF, a organização criminosa tem demonstrado um alto nível de sofisticação nas operações ilícitas, incluindo a gestão de rotas próprias para o transporte de entorpecentes e armamentos, diretamente de cidades brasileiras que fazem fronteira com o Paraguai.
A investigação revelou que 6,5 toneladas de maconha apreendidas no dia 22 de janeiro de 2023 pela Coordenação de Repressão das Drogas (CORD/PCDF) em colaboração com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram adquiridas através de um consórcio organizado por membros da facção, evidenciando a estrutura complexa e organizada da rede criminosa.
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