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Espaço da Casa de Chá será reaberto com cafeteria-escola do Senac-DF

O governador Ibaneis Rocha, o Presidente da Fecomércio DF José Aparecido da Costa e o Secretário de Turismo Cristiano Araújo, assinaram convênio para implantação de empresa pedagógica de gastronomia na Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes

Patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Casa de Chá da Praça dos Três Poderes será reinaugurada como cafeteria-escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (Senac-DF). O projeto tem previsão de se tornar realidade em 70 dias a partir da assinatura do convênio de cooperação técnica a Secretaria de Estado de Turismo (Setur-DF) e a Fecomércio. A solenidade, realizada nesta terça-feira (16/4) na Casa de Chá, contou com as assinaturas do governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB), do presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, e do secretário de Estado de Turismo (Setur-DF), Cristiano Araújo. Além da participação do diretor do Senac-DF Vitor Correia.

“Esses 64 anos de Brasília só vão engrandecer toda a população. Temos trabalhado. Avança muito o setor de turismo, com apoio do setor hoteleiro e do setor de bares e restaurantes. Esse é um ponto que ficou fechado por muitos anos e estou contando com essa parceria para que toda a população brasileira conheça a Praça dos Três Poderes, que é sinônimo de democracia”, declarou o governador durante o evento.

Com a inauguração agendada para o dia 26 de julho, o local abrigará uma cafeteria-escola, na qual os estudantes do curso de gastronomia do Senac-DF realizarão estágios supervisionados por instrutores da instituição. O projeto, em desenvolvimento desde 2023, concede o uso do espaço ao Senac-DF por um período inicial de dois anos e meio, podendo ser estendido por mais três períodos iguais, totalizando até 10 anos.

O Senac já tem vários restaurantes em operação em prédios de órgãos públicos. Desta vez, no entanto, a proposta é criar um espaço aberto ao público para valorizar essa edificação, projetada como um restaurante semi-enterrado. De acordo com a Setur-DF, o objetivo é que esse empreendimento pedagógico não tenha fins lucrativos e ofereça preços acessíveis.

"O investimento começará a ser debatido agora, a partir da assinatura. Vamos contratar pessoas, fazer pequenos reparos nas áreas da cozinha e do estoque de alimentos e, depois, realizar a compra do mobiliário, dos insumos, e começar a operação comercial diretamente", observou Vitor Correia, diretor do Senac-DF.

O futuro café terá ocupação para 45 pessoas sentadas, que desfrutarão de um cardápio assinado pelo chef Gil Guimarães, com pratos típicos de todas as regiões do Brasil, com destaque para a culinária do Cerrado. Também será mantido o CAT (Centro de Atendimento ao Turista), que ocupa a área do restaurante desde 2019, quando o local foi revitalizado e reinaugurado, após passar três anos interditado.

O curso do Senac-DF na Casa de Chá terá duração de 240 horas, com aproximadamente quatro turmas por ano, cada uma com 10 vagas. Rosana Rodrigues, supervisora de prática da cozinha da Casa de Chá, explica que o espaço já vai abrir com os alunos trabalhando. "O que os nossos alunos aprendem fazendo dentro dos nossos laboratórios, aqui, na Casa de Chá, eles aprenderão executando em tempo real de serviço", afirmou. O edital com as vagas para o curso será divulgado em breve no site e nas redes sociais do Senac-DF.

História

Em seu livro autobiográfico intitulado “Quase memórias: viagens, tempos de entusiasmo e revolta — 1961-1966”, Oscar Niemeyer descreveu suas ambições para o projeto do “restaurante da Praça dos Três Poderes”. “Seria um prédio semi-enterrado, a fim de não contar com um novo edifício na praça”, escreveu o arquiteto, “constituiria o elemento que faltava, o local para encontros e descanso indispensável”.

O espaço estava fechado há três anos quando foi revitalizado e reinaugurado em 2019 como Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Agora, a promessa de reabertura traz novos ares para o que já foi um dos pontos de encontro mais agitados do Distrito Federal nas décadas de 1970 e 1980. Na época, a casa de chá era frequentada por trabalhadores da região, que desfrutavam de lazer e música após a labuta diária.

 

 

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