A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura por Alessandra Pereira da Silva, acusada de jogar um balde de água quente sobre a cabeça da sobrinha de 14 anos por ciúmes do marido. O crime ocorreu em 3 de abril e, desde o dia 5, a mulher é considerada foragida.
O crime bárbaro foi gravado em vídeo pela própria acusada, com um celular colocado de maneira estratégica. O Correio apurou que a filmagem foi, posteriormente, divulgada em um grupo de Whatsapp criado por ela mesma. Após ter queimado a adolescente, Alessandra ainda agrediu a garota com tapas e a ameaçou com uma faca.
No vídeo que registrou toda a agressão, é possível ver o momento em que a menina está sentada no chão, fazendo as unhas,e, de repente, é surpreendida pela tia que derrama um balde de água quente por cima de sua cabeça. Chorando, a menina pede imediatamente para a mulher parar, mas passa a ser agredida com tapas. Nesse momento da gravação, o celular cai e somente o áudio da situação passa a ser registrado.
A mulher continuou o ataque com xingamentos e dizendo que a menina não sairia de dentro da casa, enquanto a adolescente implorava para que a mulher a deixasse, mas a agressora debochava dos pedidos e continuava os ataques. “Nunca mais homem nenhum vai te querer. Eu vou deixar um sinal na cara dela”, gritava a agressora.
No áudio é possível escutar os gritos dos filhos da mulher, que presenciaram toda a cena. Apesar de implorarem para que a mãe parasse de bater na prima, ela respondia que não a deixaria fugir, pois seria denunciada. O vídeo mostra o momento em que a mulher pega uma faca e ameaça a menina. Nesse momento, os gritos são estridentes e tanto a vítima quanto os filhos ficam desesperados.
A menina ficou internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) em estado estável.
Mandado de prisão
Dois dias depois do crime, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Samambaia/TJDFT expediu um mandado de prisão temporária contra Alessandra. Ela foi indiciada pela Polícia Civil pela prática de tortura. A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) pede ajuda da população para localizar a agressora. As denúncias podem ser feitas pelo número 197.