LAZER

Lazer, esportes e natureza: Lago Paranoá é espaço para todo mundo desfrutar

A orla do lago Paranoá conecta os brasilienses e os turistas à natureza, além de possibilitar a prática de esportes

O lago Paranoá é um local de lazer, conexão com a natureza, propício a práticas de esportes e tem na sua orla um ambiente que faz o brasiliense se sentir em um clima litorâneo a mais de 1.000km do mar. Desde 2017, com o Orla Livre, a área aquática se tornou um local mais democrático, acessível e propício à prática esportiva, com a criação de ciclovias e terminais de transportes aquaviários em espaços antes ocupados de forma privada e irregular. O Correio percorreu do Morro da Asa Delta ao Pontão do Lago Sul, na costa sul da margem, para conversar com frequentadores e saber os benefícios de visitar o enorme ponto aquático da capital aberto para o público em geral.

A orla do lago Paranoá é uma das quatro escalas bucólicas de Brasília e foi pensada por Lúcio Costa desde o início. É o que conta Angelina Nardelli Quaglia, arquiteta urbanista, atual vice-presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) e conselheira no Conselho de Desenvolvimento de Turismo do Distrito Federal (Condetur-DF). "Imagina como é agradável um parque linear com recuperação da orla do lago, permitindo, por exemplo, passeios de bicicleta e a pé, que cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade também possam usufruir de um pôr do sol na beira da água. Isso é um excelente beneficío, em especial depois da covid-19. Onde percebemos que o verde e o acesso à natureza são muito importantes para o desenvolvimento humano", reforça.

O morador do Sudoeste Josivaldo da Cruz, 42 anos, conta que vai à orla do lago uma vez ao mês para praticar a pesca de objetos perdidos. "Venho nas horas vagas para aproveitar e pescar, relaxar um pouco, dar uma volta", disse ele, acrescentando que tem planos de futuramente pedalar no local. "Eu tenho uma bicicleta, estou fazendo uma programação com meu irmão para darmos uma pedalada por aqui", revelou ele, que estava acompanhado dos amigos José Antônio e Givanildo da Silva.

Kayo Magalhães/CB/D.A Press -
Fotos: Kayo Magalhães/CB/D.A Press e Hítalo Silva/CB/D.A Press -
Kayo Magalhães/CB/D.A Press -
Hítalo Silva/CB/D.A.Press -
Hítalo Silva/CB/D.A.Press -

Atividades diversas

A bancária Sara Serique, 45, faz sua caminhada três vezes na semana e, ao lado do companheiro, José Neto, 49, comentou sobre as diversas atividades que a orla proporciona. "Fazer um piquenique é muito legal. Sou muito fã porque o ambiente é outro, a pista é grande. Dá para correr, andar, pedalar. Além de ter muito contato com a natureza. E tem as capivaras, que são maravilhosas", descreveu.

Cleiton Cesar, 42, frequenta a orla do lago desde 2017 com a esposa, Sandra, e a filha, Eloah. Ele destacou a importância de o local ser aberto ao público. "O DF tem uma carência de lugares como este. Onde moramos, em Samambaia, não há muitos lugares assim, em que temos acesso a ambientes de lazer e segurança. Acredito que é preciso ter mais locais como este, de diversão e calmaria", comentou.

Alerrandra da Silva, 25, estava na orla realizando o ensaio fotográfico do "mesversário" de seu filho, Gael, e comentou sobre os benefícios da região. "Passar um tempo livre, entrar em contato com a natureza, se desconectar um pouco das redes sociais são alguns dos prazeres deste local. O lago é público e deve ser de todos nós", destacou.

Os amigos Pedro Vinicius Pereira, 25, Caion Correia, 22, e Thiago Shindy, 18, contam que vão à orla pelo menos duas vezes ao mês e é um dos poucos lugares de Brasília que proporcionam praticar diversos tipos de esportes, como corrida, natação e musculação, além de apreciarem uma bela vista. "O público deveria ter um acesso mais fácil a essa região", conclui Pedro.

Orla Livre

Lançado em 2017, o projeto Orla Livre buscou a desocupação da orla do Lago Paranoá, retirada de construções a menos de 30m das margens da água e implantação de infraestruturas variadas na Área de Preservação Permanente (APP), tornando-se um local democrático, acessível e propício à prática esportiva, com a criação de ciclovias e terminais de transportes aquaviários, além de lazer ao ar livre e conexão com o meio ambiente. O projeto restabeleceu a área como um espaço público para toda a população desfrutar.

*Estagiários sob a supervisão de Patrick Selvatti

 


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