Morreu, neste domingo (28/4), o advogado Juliano Costa Couto, aos 49 anos. Juliano era professor universitário e presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB/DF) no triênio 2016/2018. Ele não resistiu às complicações de um câncer no intestino. O velório será às 9h, na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, e o sepultamento está marcado para as 12h30.
O advogado foi membro de comissões, conselheiro, diretor e presidente da OAB/DF. Após deixar a presidência da OAB, Juliano dedicava-se à advocacia no escritório Costa Couto Advogados, do qual era sócio fundador. Formado pela UDF, em 1997, era mestre em direito constitucional e processo constitucional pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), e pós-graduado em processo civil pelo ICAT-Master/AEUDF. Começou a lecionar em universidade em 2000.
Filho de Ronaldo Costa Couto e Virgínia, admirava e inspirava-se no legado do pai, historiador, professor e político. Ronaldo aposentou-se como conselheiro do Tribunal de Contas do DF e chegou a acumular os cargos de governador do Distrito Federal e ministro do Interior, Gabinete Civil e do Trabalho.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), decretou luto oficial de três dias pela morte do advogado e ex-presidente da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O emedebista se manifestou por meio das redes sociais e elogiou o trabalho de Juliano frente à seccional da OAB/DF, onde trabalharam juntos. "Juliano Costa Couto foi um advogado pleno e um líder incontestável à frente da OAB, revelando sua competência, equilíbrio e permanente disposição para o diálogo. Deixa um legado que há de inspirar a reafirmar, a cada dia, o compromisso com o espírito público que nos anima", escreveu o chefe do Executivo. "Seu nome será sempre recordado com saudade, tanto pelos amigos e amigas, pela advocacia, pelo Direito que ele defendeu, e por Brasília, que tanto amou. Aos familiares, deixo os mais sinceros pêsames", finalizou.
A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), também fez uma manifestação pública de pesar pela morte do advogado. "Brilhante, engajado, querido e respeitado pelos mais diversos setores da sociedade no Distrito Federal. Com sorriso fácil e amplo diálogo, conquistou o protagonismo e deixou o seu legado em defesa da Ordem e do Direito. Que Deus conforte todos os familiares e amigos. E que o receba em sua imensa misericórdia", disse mensagem publicada por Celina nas redes sociais.
Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes lamentou a partida do advogado: "O advogado concluiu seu mestrado no IDP, tendo colaborado inúmeras vezes com o Instituto. Além da sua atuação na advocacia, Juliano dedicou-se ao magistério, sendo reconhecido por sua competência e bom humor. Minhas sinceras condolências à família".
Em uma mensagem emocionada, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, lembrou a amizade com Juliano. "A morte do Juliano abala profundamente toda uma geração de Brasília que o viu crescer, em todas as concepções que o verbo crescer possa ter", escreveu em uma rede social. "Conheci Juliano jogando futebol na OAB, isso nos velhos idos dos anos 90. A grande habilidade (não com a bola) em tratar os colegas de time com mesma fidalguia que os do time adversário, revelavam, já naquela época, a lhaneza, o fino trato que o caracterizava. Nesse aspecto, aí sim, Juliano era um craque", completou. "Muitos anos depois, eleito presidente da casa, continuou a exercer esse dom tão (cada vez mais) raro. Juliano era um gentleman. Vá em paz, amigo! Sentirei falta das demonstrações de carinho e das mensagens de incentivo. Bem capaz que Deus vai te receber de terno", finalizou.
O secretário da Família e da Juventude do DF, Rodrigo Delmasso, destacou as qualidades de Juliano como pessoa e profissional. "Além da competência era uma pessoa de um coração magnífico. A humildade sempre foi a sua principal característica. Brasília perde um grande homem e um competente advogado. Que Deus fortaleça a família e amigos", escreveu.
A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), publicou uma nota em suas redes sociais relembrando o trabalho de Juliano. "Triste dia para a advocacia e para Brasília! Perdemos uma referência de profissional competente e muito respeitado. Representou tão bem os interesses do cidadão e da OAB, que presidiu com equilíbrio e diálogo. Fica o exemplo e um grande legado. Que Deus conforte a família e amigos", disse o texto publicado pela parlamentar.
Jane Klebia (MDB), deputada distrital, também divulgou uma mensagem elogiando o trabalho de Juliano. "Deixa um legado inestimável para a advocacia e educação jurídica, destacando-se como um profissional de excepcional ética, dedicação e competência. Sempre será lembrado por sua contribuição significativa ao Direito e sua incansável luta pelas causas. Neste momento de dor, expresso minhas condolências à família, amigos e colegas", disse o texto.
O distrital Thiago Manzoni (PL) prestou condolências à família de Juliano. "Com tristeza, recebemos a notícia do falecimento do Dr. Juliano. Pedimos a Deus que conforte o coração da família e amigos", publicou.
O atual presidente da Ordem, Délio Lins e Silva, lamentou a partida do amigo. "Juliano era, acima de tudo, um grande amigo. Que ele seja recebido com todas as homenagens por Deus e que a família possa se unir ainda mais nesse momento de dor. Dia muito triste para todos nós. A OAB/DF já está com luto oficial decretado e presta toda a solidariedade a um ex-presidente muito querido por toda a advocacia", declarou. "Juliano era luz, alegria, irreverência. Carismático, doce, sempre gentil", declarou a vice-presidente da OAB, Lenda Tariana. "Deixou precocemente sua filha Manu e Gustavo, uma das pessoas mais gentis e bondosas que já conheci. Dia triste, de muita dor. O legado de Juliano transcende sua pessoa e está imortalizado nas suas contribuições para a advocacia brasileira", continuou.
O ex-secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, se mostrou consternado com a morte de Juliano. "Soube agora do falecimento do Juliano Costa Couto. Trabalhei com ele na OAB-DF. Pessoalmente estou abaladíssimo. No último domingo (uma semana exata) conversamos por telefone, brincamos, rimos. E agora essa notícia", disse. "Juliano tinha um elevado espírito público, e essa característica ele levou para a Ordem dos Advogados, dignificando e dando brilho à entidade. Foi um exemplo para seus colegas e deixa muitas saudades, completou.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manifestou pesar pela perda do advogado. Em nota publicada no portal oficial, o tribunal prestou solidariedade à família e aos amigos de Juliano. A competência de Juliano foi reforçada pelo primeiro vice-presidente do TJ, desembargador Roberval Belinati: "Foi um dos advogados mais brilhantes do Distrito Federal e um dos maiores oradores da classe. Na solenidade em que recebi o título de cidadão honorário de Brasília, na CLDF, Juliano foi calorosamente aplaudido pelo belíssimo discurso proferido".
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) também divulgou nota lamentando a morte de Juliano, que foi servidor do órgão e atuou na Consultoria Jurídica da Corte. O pai do advogado, Ronaldo Costa Couto, é Conselheiro do TCDF. "Sua passagem pelo Tribunal foi marcada pelo profissionalismo, pela dedicação com que realizava seu trabalho e pela admiração dos colegas", disse o tribunal em nota.
Rodrigo Badaró, advogado e conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), destacou a liderança do advogado. "Juliano era um grande líder, carismático e um amigo querido, que carregava na alma mineira e o espírito empreendedor do brasiliense."
A advogada Thais Riedel, que concorreu à presidência da OAB-DF no último pleito, apoiada por Juliano, elogiou o colega. "Juliano é um exemplo de vida, um ser humano gentil e solidário, que sempre preferiu seguir em grupo, que brilhar sozinho. Um pai amoroso e presente. Um filho honrado, profissional exímio que exerceu o direito seguindo preceito dos melhores: com coragem e sempre buscando a melhor justiça", comentou.
Thais lembrou ainda da luta do colega frente à Ordem. "Foi uma honra estar ao seu lado nas trincheiras da construção de uma advocacia independente e respeitada. Era um grande líder, exercia liderança de forma positiva, altiva, agregadora. Fará muita falta. E seguirá presente em nossos corações e como um exemplo de ser humano, com quem sempre aprendi muito", concluiu.
O desembargador federal aposentado Souza Prudente lamentou a morte de Juliano, que foi seu aluno. "Estou muito triste e sensibilizado com a morte do prezado Dr. Juliano Costa", escreveu o magistrado. "Que Deus o receba em sua morada eterna, por Justiça Celestial."
Juliano deixa a mulher, Aline, com quem oficializou o casamento em 2023, e dois filhos, Gustavo e Manuela.
Veja nota conjunta da OAB-DF, da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) e do Conselho Federal da OAB:
O presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., decreta luto oficial, por três dias, a partir deste domingo (28/4), em reverência à memória de Juliano Costa Couto, que antes de ter presidido a OAB/DF foi secretário-geral adjunto, entre 2013 e 2015. Nesse mesmo período, fez parte da Comissão de Honorários. Sua atuação na OAB/DF deu-se a partir de 2007, quando se tornou conselheiro da entidade, até 2009.
“Juliano era um grande advogado, com uma belíssima história dentro da OAB, mas acima de tudo um amigo querido. Nos conhecemos desde a época de colégio e sempre foi uma pessoa que espalhava alegria e sorrisos por onde passava. Que Deus o receba e o acolha da forma como ele merece. A OAB/ DF está com luto oficial decretado. A nação rubro-negra perde um grande guerreiro e nós perdemos um amigo. Na pessoa da esposa Aline, cumprimento toda a família e lamento a inestimável perda”, diz Délio Lins e Silva Jr.
Atualmente, Juliano Costa Couto dedicava-se à advocacia no escritório Costa Couto Advogados, do qual era sócio fundador. Em sua formação acadêmica, formou-se pela UDF, em Brasília, em 1997; era mestre em Direito Constitucional, Processo Constitucional, pelo IDP-Brasília, e pós-graduado em processo civil, pelo ICAT-Master/AEUDF. Atuou como professor universitário desde o ano 2000.
Juliano Costa Couto era profundo admirador do historiador, jornalista, professor e político brasileiro, Ronaldo Costa Couto, uma inspiração em sua vida. O pai aposentou-se como conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do DF depois de exercer cargos de destaque, como governador do Distrito Federal e ministro do Interior, Gabinete Civil e do Trabalho.
Neste momento difícil e delicado, a OAB/DF e a CAADF se solidarizam e desejam força, coragem e muita união aos familiares e amigos(as).
Diretoria da OAB/DF
Diretoria da CAADF
CFOAB
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