ENTREVISTA

Desinformação sobre doenças atrapalha campanhas de vacinação

Ao CB.Saúde, o médico Henrique Lacerda sugeriu ações para que as pessoas entendem a importância dos imunizantes

"É possível que alguns surtos pandêmicos surjam (futuramente) por conta desse negacionismo à vacina, disse o infectologista Henrique Lacerda -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
"É possível que alguns surtos pandêmicos surjam (futuramente) por conta desse negacionismo à vacina, disse o infectologista Henrique Lacerda - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

A desinformação das pessoas e, consequentemente, sua falta de conscientização sobre os graves problemas causados por doenças infectocontagiosias — como coqueluche, rubéola e difteria — têm prejudicado o alcance de grandes coberturas de imunizados com ações de vacinação, segundo o infectologista do Hospital Brasília, Henrique Lacerda. Ele, que foi entrevistado nesta quinta-feira (25/4) no programa CB.Saúde — parceria entre Correio e a TV Brasília —, sugeriu algumas ações que podem reverter essa situação e, ainda, contribuir para que o público em geral reconheça os benefícios das vacinas.

Às jornalistas Sibele Negromonte e Mila Ferreira, Lacerda disse ser necessário às autoridades de Saúde trabalharem com planejamento estratégico, de modo a que adotem atitudes proativas. Isso, na opinião dele, permitirá despertar na população o interesse pelas vacinas.

“Por que não fazer busca ativa dos pacientes que não foram tomar a segunda dose da vacina da dengue na nossa regional de saúde? Como levar a vacina às escolas, flexibilizar os horários abrindo os postos de saúde com horas estendidas e funcionando aos fins de semana”, sugeriu.

Ele acrescentou que reuniões com líderes comunitários e de entidades religiosas para informá-los da necessidade da vacinação também seria um caminho. “Levar especialistas, infectologistas e médicos da família para falar sobre esses temas seria crucial. Se conseguirmos fazer esse trabalho, não só de gestão da Secretaria de Saúde, mas também da comunidade, a população tende a perder essa hesitação vacinal e melhorar a questão das vacinas”, considerou.

O infectologista lembrou que em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que um dos principais problemas de saúde mundial seria a falta de vacinação

Veja e entrevista na íntegra

*Estagiário sob a supervisão de

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postado em 25/04/2024 18:46 / atualizado em 25/04/2024 18:47
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