A tradicional encenação da Via Sacra no Morro da Capelinha reúne milhares de fiéis que prestigiam a montagem que representa os últimos momentos de Jesus de Nazaré antes da crucificação. Diferentemente do que ocorre em quase todos os anos, a tarde desta sexta-feira (29/3) foi ensolarada e de muito calor.
O público buscou de acomodar em locais sombreados e próximos à última estação da encenação, onde ocorre a crucificação e a ressurreição. Antes de chegar lá, é necessário enfrentar um percurso de mais de 900 metros de extensão morro acima. Em cena, 1,1 mil atores representam a Via Crucis do filho de Deus. Pontos de distribuição de água potável da Caesb garantem a hidratação dos fiéis.
A edição de 2024 é a primeira do estudante de enfermagem da Universidade de Brasilia (UnB) Ágape Câmara, 24 anos. "Estou achando maravilhoso. Quando a gente vê os atores interpretando é outra sensação", afirma. Para ele, a Semana Santa é um momento de autorreflexão. "E de lembrar o que Jesus fez por nós", completa.
Elizangela Afonso, 45, veio com toda a família. Ela sempre vem, mas essa é a primeira Via Sacra da netinha Mariana, de 7 meses. "Venho pela fé e pela tradição. Sou muito católica. Se não vir, falta algo espiritualmente. "Meu momento favorito é quando Jesus encontra com Maria, a mãe dele. É muito emocionante", revela a empresária.
Janierica Martins Vilar, 32, veio pela primeira vez sem o marido, que teve que trabalhar no feriado. Com ela, os pequenos Bernardo, 7, e Benjamim, 2, já aprendem a importância da tradicional encenação do Morro da Capelinha. "É um momento muito especial, de relembrar a trajetória de Cristo. E sempre trago os meninos, apesar de eles não entenderem bem ainda o que a Via Sacra significa", diz. O momento mais aguardado por ela é da crucificação, que deve ocorrer por volta das 19h30. "Vamos ver se O tempo se mantém firme até lá".