CRIME

Catequista acusado de pedofilia está com morte cerebral, diz delegado

Foragido desde julho de 2019, José Antônio Silva foi condenado a 162 anos de prisão; 17 vítimas o denunciaram. Polícia do DF também tenta confirmar a identidade dele com a colaboração da polícia do Paraná

O catequista José Antônio Silva, de 51 anos, investigado no Guará por abuso de crianças entre 4 e 12 anos, está com suspeita de morte cerebral em um hospital de Foz do Iguaçu, no Paraná, diz polícia. Na noite desta segunda-feira (25/03), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) recebeu uma denúncia de que o homem estaria internado lá e entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná, que segue confirmando a identidade do autor.  Ainda não há informações sobre o que motivou a gravidade do estado de saúde do autor.

A PCDF encaminhou a ficha individual datiloscópica (das digitais de José) e aguarda a confirmação da perícia. O homem está sendo levado para outro hospital para constatação da morte cerebral. Se for mesmo José Antônio, ele tem uma pena de 162 anos e nove meses de prisão pela condenação referente ao abuso sexual de 14 vítimas — são, ao todo, 20 vítimas identificadas, mas algumas prescreveram ao longo da investigação.

Interpol

Douglas Fernandes, delegado responsável pela investigação do caso à época feita pela 4ª DP do Guará, explica que após a primeira denúncia contra José, ser realizada em 2019, foi pedida a prisão temporária do autor. “Pedimos a prisão temporária, mas descobrimos, posteriormente, que familiares deram fuga para ele, para a região do Paraguai. Fizemos contato junto à Polícia Federal, incluímos o nome dele na lista vermelha da Interpol, a fim de que ele pudesse ser preso. Agora, chegou esse possível desfecho se for confirmada a identidade dele em Foz do Iguaçu”, explicou o Delegado.

Entenda o caso

Os abusos perpetrados por José foram revelados no início de julho de 2019, quando a Justiça ordenou a prisão preventiva do acusado. As investigações começaram três meses antes, após a primeira denúncia, feita por um sobrinho dele.

As apurações revelaram que os principais alvos eram meninos com idades entre 4 e 12 anos. Ao longo de quase duas décadas, pelo menos 26 crianças, todas residentes do Guará, foram vítimas desses abusos. A comunidade ficou chocada e angustiada, especialmente porque algumas das crianças frequentavam a escolinha de futebol voluntariamente conduzida por José em uma quadra esportiva pública da região. Além disso, parte das vítimas eram seus próprios sobrinhos.

 

Ainda não há informações sobre o que motivou a gravidade do estado de saúde do autor.

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