Tatiana Assem Haidar, 39 anos, veio do Maranhão quando tinha apenas 7 anos de idade. Atualmente, produtora cultural do Baile Charme da Capital e do In The Hood, companhia de dança que dá aulas de dança de charme e, por meio disso, realiza ações sociais em Ceilândia. "Nossa movimentação de ações sociais se concentra na Praça do Cidadão. Dou aulas de dança para pessoas com deficiência, crianças e idosos", disse Tatiana.
Ela conta que para onde vai leva o nome de Ceilândia. "Recentemente, fui para o Rio de Janeiro e quando perguntavam se eu era de Brasília, corrigia: 'Sou de Ceilândia'. Gosto muito da representatividade que a cidade tem, por causa do seu polo cultural", ressalta.
A dançarina lembra que, quando chegou na região administrativa, costumava brincar nas ruas e nas construções das estações do metrô. "Não tinha muito do que tem hoje. A própria Praça do Cidadão, onde dou minhas aulas, não era desse tamanho. A vi crescer com o passar dos anos. Hoje, temos vários equipamentos públicos e outros projetos sociais", comenta Tatiana.
Para ela, ainda há o que melhorar em Ceilândia, mas os moradores da cidade têm muito o que comemorar. "Não troco Ceilândia por nenhum outro lugar. Para se divertir, os canadenses não precisam ir para outras regiões, pelo contrário, temos tudo aqui dentro, para todos os gostos, da galera do 'passinho' à do rock. Além disso, nossa população é muito alegre", descreve.
Segundo Tatiana, o amor que o ceilandense tem pela cidade é o que a move. "Fico até emocionada de falar da nossa região. Vejo Ceilândia, no futuro, como o maior polo de cultura e de educação do DF, talvez até o Centro-Oeste", prevê. "Temos muitas pessoas inteligentes e talentosas, por isso, se tivermos uma boa estrutura, daqui a 53 anos, Ceilândia será a maior referência (de cultura e educação)", avalia.
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