A queda de fios pode ser um dos sintomas de pacientes que foram infectados pela dengue. As pessoas que contraem a doença podem ser afetadas pelo eflúvio telógeno agudo — caracterizado pelo aumento da queda diária de fios de cabelo — que é normal após o corpo passar por ocasiões intensas como partos, internações, cirurgias e pela Covid.
Essas circunstâncias ativam defesas naturais do organismo para melhor distribuição de energia, fazendo com que os folículos pilosos do cabelo entrem em fase de repouso, em consequência, os fios de cabelo podem cair após uns meses. O cabelo geralmente cresce na medida que o paciente se recupera, portanto, não há necessidade de tratamento. Porém, apenas um exame realizado por um médico pode provar que a queda não foi provocada por uma doença mais grave e com sintomas irreversíveis.
O risco é que o eflúvio telógeno agudo pode ser confundido com a alopecia areata, uma doença multifatorial que pode levar à perda permanente de cabelos e pelos do couro cabeludo ou de outras partes do corpo como barba e sobrancelhas. De acordo com o especialista André Moreira, médico com formação em transplante capilar, um exame chamado tricoscopia digital, que consiste em avaliar o couro cabeludo e os fios com aumento de até 70 vezes, permite o diagnóstico de doenças desta região. “Só o diagnóstico médico pode confirmar a causa do problema”, reitera o especialista.
Ainda conforme o doutor Moreira, os fios podem começar a cair de 8 a 12 semanas após a infecção do vírus da dengue. Ele reforça a necessidade de prevenção contra o mosquito. “É sempre bom se precaver, tomar a vacina quando disponível, repelente e não deixar água parada em nenhuma circunstância são essenciais para espantar o mosquito. Se acautelando dessa doença, não terá risco desta queda de fios”, afirma o doutor.
*Estagiário sob supervisão Márcia Machado
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