OBITUÁRIO

Morre Paula Rothenburg de Sá, pioneira de Brasília, aos 82 anos

A aposentada atuou por anos como datilógrafa na Empresa Brasileira de Notícias (EBN) e depois exerceu a função de técnica administrativa

Morreu, nesta terça-feira (19/3), a aposentada Paula Rothenburg de Sá, aos 82 anos, vítima de parada cardíaca. Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Paula chegou em Brasília em abril de 1970. Ela deixa três filhos — Denise, Reginaldo e Paula Cristina — e cinco netos — Gustavo, Luísa, Valkíria, Renato e Frederico.

A aposentada atuou por anos como datilógrafa na Empresa Brasileira de Notícias (EBN) e depois exerceu a função de técnica administrativa. Para os familiares, ela deixa o legado de alegria e força. Denise Rothenburg, colunista do Correio Braziliense e filha mais velha de Paula, lembra que a mãe gostava bastante de jogar cartas e as tinha sempre na mesa.

Inclusive, o último encontro entre mãe e filha foi na segunda-feira (18/3), quando elas jogaram baralho juntas. "Ela não gostava de perder, mas detestava que deixassem que ela ganhasse. Ou seja, ela gostava de que a partida fosse disputada", conta Denise.

Denise também afirma que Paula nunca se deixou abalar com as adversidades da vida. Um dos lemas da aposentada era que os problemas devem ser enfrentados de frente, sem deixar criar raízes. "Ela sempre ensinou os filhos e netos dizendo: 'vocês têm que andar com as próprias pernas, têm que ter autonomia'", cita a colunista do Correio.

Paula também deixa o legado de amor e carinho à família. "Bom descanso, vovó. Tu sempre cuidou de nós, sempre nos deu amor, carinho, nos educou e nos ensinou a fazer o certo, tu sempre foi junto com a mãe a rainha da minha vida, te amo para sempre, com certeza ainda vamos nos encontrar, e enquanto ainda não nos reencontramos, sei que tu ainda vai cuidar de nós dai de cima! Te amo desde sempre e para sempre, descansa vovó", declarou o neto e artista Gustavo Krieger.

A voz doce e o sorriso terno também são marcas registradas de Paula que jamais serão esquecidas. "Gaúcha, mas arretada porque você era a mescla do Nordeste e Sul, embora os olhos azuis como o céu e o cabelo loiro entregavam as raízes alemãs. Guerreira, porque desde muito cedo trabalhava para brindar uma vida boa à bisa Naura, já que o biso já não estava mais com vocês e era só vocês duas no mundo. Obrigada por ensinar que tudo o que nós nos propusermos, teremos a coragem e a determinação para alcançar", diz a neta e estudante de antropologia Luisa Rothenburg.

O velório será na Capela 6 do Campo da Esperança da Asa Sul, na quinta-feira (21/3), a partir das 11h. O enterro está marcado para as 16h30.


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