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Idosa denuncia e golpista é preso. Criminoso se passava por funcionário do Banco do Brasil

Homem se passava por funcionário do Banco do Brasil para induzir as vítimas a entregarem cartões de crédito. Agentes das polícia o capturaram assim que ele tocou o interfone na residência

Uma moradora do Lago Norte ajudou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ontem, a prender um golpista. A mulher recebeu uma ligação de um suposto funcionário do Banco do Brasil, que afirmava que havia compras indevidas no cartão de crédito da idosa, e que seria necessário que ele buscasse os cartões para passar por uma "perícia no banco". Ao perceber que se tratava de uma fraude, a mulher entrou no roteiro do criminoso e acionou a polícia. 

Os agentes da polícia ficaram dentro da casa da mulher, passando-se por filhos dela, e capturaram o golpista assim que ele interfonou na residência. De acordo com o delegado chefe da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), Erick Sallum, o homem é um dos braços de uma quadrilha sediada no estado de São Paulo. "Eles aplicam esse golpe aqui no DF, o já conhecido golpe da falsa central de segurança do banco", conta.

As diligências da 9ª DP apontam que ele pode ter feito outras vítimas na cidade. Segundo a polícia, pelo extrato das máquinas, é possível saber que outras pessoas entregaram cartões. O delegado detalha que, ao pegarem esses cartões, os criminosos sacam todos os valores e estouram os limites das vítimas em nomes de laranjas. "Muitas vezes, temos pessoas de idade, aposentadas e no fim da vida, tendo que fazer frente a dívidas impagáveis de 200 a 300 mil reais", disse Sallum. Ele ressalta que agora o próximo passo é ir atrás dos chefes dessa quadrilha no estado paulista.

O golpista foi preso em flagrante e ainda ontem passou por audiência de custódia, na qual teve a prisão convertida em preventiva. Ele deve responder pelos crimes de furto mediante fraude. Na quitinete onde o suspeito morava, no Sudoeste, foram encontradas sete máquinas de cartão de crédito, celulares, crachás falsos de bancos e outros acessórios usados para a prática do golpe. A Polícia Civil pede que todas as pessoas que foram vítimas do mesmo golpe procurem a unidade policial mais perto de sua casa para registrar ocorrência e reconhecer o criminoso preso.

 

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