Tudo começou com uma reunião de moradores que estavam sendo informados da venda de um lote de uma das praças mais tradicionais de Taguatinga, a Praça do DI. Motivados e preocupados sobre a falta de comunicação acerca das mudanças na região, esse grupo se uniu em prol de trazer a população de volta para os espaços e cobrar as devidas mudanças do poder público.
Dois anos depois desse momento, hoje, esse grupo já tem um nome: Rede Cidadã de Taguatinga (Recita), um CNPJ formalizado e um desejo ainda maior de melhorar a vida da população que mora ou que passa por Taguatinga.
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Convidados do Podcast do Correio, Felipe Resende Oliveira, presidente da Recita, e Amanda Coelho Guimarães, mestre em Urbanismo Sustentável e Ordenamento do Território e consultora no projeto, deram detalhes de como tudo começou e dos planos para o futuro do grupo.
Felipe explicou que o grupo foi formado pela união de vários representantes de grupos comunitários de Taguatinga que, ao perceber que desejavam coisas similares mas não tinham alcançado sucesso, resolveram se unir para trabalhar em conjunto nessas reivindicações.
O presidente da Recita destacou ainda que, a partir dessa união, eles passaram a ser mais ativos nas discussões na cidade, criando chapa para as eleições de Conselhos Regionais e ocupar esses espaços, e fazendo uma ponte entre poder público e a população.
"A partir do momento que nós estamos nesses conselhos, conseguimos as informações, conseguimos ter as datas de audiências públicas, e a gente divulga nas nossas redes de contato, mobilizando muita gente para estar lá", pontua Felipe.
Além disso, uma das vertentes do projeto envolve o que a Recita chama de cidades fraternas, onde as pessoas são a parte mais importante. Amanda exemplifica que a economia, o meio ambiente e o transporte são coisas materiais e que é necessário focar o olhar nas pessoas.
"A cidade fraterna é aquela que se preocupa com as pessoas, porque a fraternidade é conviver em sociedade de maneira amigável e equilibrada, independentemente da ideologia, da opinião, da religião. A gente consegue se respeitar sabendo que existem limites, e os limites precisam ser respeitados para uma boa convivência", pontua Amanda .
Assista ou escute o podcast completo com Felipe Resende e Amanda Guimarães, plataformas de áudio ou no canal do YouTube do Correio Braziliense.
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