A opção por registrar uma criança na mesma unidade federativa de residência da mãe ocorre em cerca de 99% dos registros no Brasil. É o que apontam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (27/3). No entanto, o Distrito Federal segue outra tendência: 23,9% das crianças registradas são filhos de mães residentes no estado de Goiás. O levantamento destaca que a busca pela rede pública de saúde por parte das populações que residem em municípios goianos vizinhos explica esse comportamento.
Seguindo essa linha, em menor intensidade, o Amapá (3,9%) e o Acre (3,2%) foram os estados com os maiores percentuais de crianças registradas cujas mães residiam em outras unidades da federação. O IBGE frisa que a falta de registro representa um obstáculo ao exercício da cidadania. "Além de limitar o acesso do indivíduo a diferentes serviços e programas públicos. Desta maneira, quanto mais rápida a efetivação do registro de nascimento em cartório, mais brevemente as pessoas poderão exercer seus direitos", pontua.
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Taxa de nascimentos caiu
No DF, foram registrados 35.877 nascimentos em 2022. Em comparação com 2021, houve queda de 5,4%. Nos dados gerais, o Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, o que representa uma queda de 3,5% se comparado com o ano de 2021. Segundo O IBGE, este é o quarto recuo consecutivo. Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de covid-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 11,4%.
Todas as regiões apresentaram queda nos registros de nascimentos ocorridos em 2022. Porém, o percentual foi superior à média nacional no Nordeste (-6,7%) e no Norte (-3,8%). Entre as unidades federativas, a Paraíba apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que tiveram aumento de registros de nascimentos.
Quanto ao mês de nascimento das crianças registradas, a maior frequência ocorreu no mês de março (233.177), seguido pelo mês de maio (230.798). Por outro lado, outubro foi o mês com o menor número de nascimentos (189.003).
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