Para cuidar de um patrimônio e zelar pelo bem do Distrito Federal. O Movimento Ocupe o Lago Paranoá realizou uma ação na orla do lago, neste domingo (24/3), com o intuito de retirar resíduos e limpar diversos pontos do espaço. O evento, que foi aberto ao público, celebrou o Dia Mundial da Água, comemorado na última sexta-feira (22).
Um dos idealizadores da iniciativa, Marcelo Ottoni, acredita que exercer trabalhos como esse são fundamentais para garantir e preservar o lazer da comunidade, já que tantas pessoas frequentam o Lago Paranoá todos os dias, em especial aos fins de semana. “Surgimos em 2013 para fazer essa sensibilização ambiental, coletar lixos e incentivar a prática esportiva. Somos uma associação que atua não somente em defesa desse local, mas, também, das Águas do Cerrado”, completa.
Na visão de Marcelo, a sociedade precisa estar unida quando o assunto é meio ambiente e descarte correto do lixo. Ações como essa fazem parte da programação da ONG, que também exerce outros serviços voltados ao tema em outras datas do ano. “Estamos com mais de 200 voluntários atuando. O tempo nublado afastou um pouco o pessoal, porém as atividades não param. Fico contente de ver tanta gente em prol desse lugar”, conclui.
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Frequentador assíduo, Igor Muniz, 28 anos, ama passar os dias em um dos pontos mais visitados da capital federal. Para ele, zelar por um patrimônio tão importante quanto o Lago Paranoá é cuidar uns dos outros. “Viemos aqui para prestigiar e assistir esse domingo em sociedade”, acrescenta. Com ajuda de outros colegas, enchia a sacola de lixo com plásticos, tampas e outros itens.
Outro voluntário era Diego Santana, 34, que se sente grato em ajudar um espaço tão requisitado e importante da cidade. “Não podemos deixar o Lago estragar e morrer. A população e o Governo precisam andar de mãos dadas porque uma mão lava a outra, precisamos nos ajudar”, finaliza.
Juntos pelo Lago
Com o apoio da consultoria Ambientare, o Movimento Ocupe o Lago também contou com ajuda de vários parceiros. Ambev e Capital Moto Week estão entre os responsáveis por auxiliarem no evento. A bióloga da ONG, Érika Gadelha, 48, afirma que retirar os resíduos da maneira correta é fundamental para a preservação e limpeza do espaço. Nos últimos 11 anos, cerca de 100 toneladas de lixo foram coletados do local.
“Temos a oportunidade de mostrar para as pessoas o quão bonito o Lago é. Por mais incrível que pareça, tem gente que mora aqui em Brasília e nunca veio aqui, nunca apareceu na orla ou molhou o pé na água. É sempre bom mostrar o que podemos fazer”, ressalta Érika.
Idealizadora do Capital Moto Week, Juliana Jacinto, 42, está acostumada em desenvolver projetos sustentáveis e de preservação ao meio ambiente nos eventos de moto e rock que agitam a capital do país. Para ela, estrear essa parceria com a ONG é outra forma de demonstrar o que pode ser feito com a união de várias esferas da cidade. “Sou uma usuária do Lago, eu e minha família amamos esse lugar. O mais importante dessas ações é conscientizar a mudança em cada um de nós. Precisamos fazer a nossa parte”, destaca.
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