Será velado neste domingo (10/3) o corpo da coordenadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer do DF, Vera Lúcia Bezerra da Silva, 58 anos. Verinha, como era mais conhecida, atuava desde 1996 na instituição e ajudou centenas de pessoas prestando assistência gratuita a mulheres em situação de vulnerabilidade social. A causa da morte não foi divulgada.
O velório está marcado para as 12h30 no Templo Ecumênico 2 e o sepultamento para as 15h, no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. No Instagram oficial da Rede Feminina, os responsáveis pela página pedem para que, em vez de flores, que os presentes levem 1kg de alimento não perecível. "Vamos manter o legado da Verinha vivo, espalhando amor, enxugando lágrimas e provocando sorrisos", publicou a página.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer do DF, sob a liderança dedicada de Verinha, contava com 270 voluntários engajados em 25 projetos, destacando-se iniciativas como bazar, cesta básica, projeto beija-flor, acolhimento, prótese mamária, apoio ao leito, oficina de perucas, farmacinha, café da manhã para pacientes, lanche da tarde para acompanhantes, ombro amigo, passe livre, oficinas de artesanato, doação de lenços, remédios e kits de higiene.
O comprometimento de Vera deixou uma marca duradoura não apenas na história do Hospital de Base do DF, mas também nas vidas daqueles que enfrentaram a difícil jornada contra o câncer, assim como em suas famílias.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), usou as redes sociais para lamentar a morte de Vera. Na mensagem, o chefe do Executivo local definiu Verinha como um exemplo de dedicação, solidariedade e amor ao próximo. "Vera Lúcia Bezerra da Silva, a Verinha, deixou sua marca no Distrito Federal. Ela coordenou a Rede Feminina de Combate ao Câncer do DF, com ação destacada no Hospital de Base. Foi com muita tristeza que recebi a notícia de seu falecimento, na certeza de que o exemplo de compaixão vai perdurar, mantendo seu nome vivo na memória de todos. Que a família e os amigos tenham força neste momento tão difícil, em que minhas orações estão com ela", afirmou.
"Hoje, nos despedimos de uma grande mulher, aguerrida, apaixonada pela vida e pelo ser humano, cuidadosa, carinhosa e que distribuía amor a todos à sua volta. A Rede Feminina e o hospital de Base perdem uma grande parceira, o sentimento que fica é de gratidão de poder viver ao mesmo tempo que a Verinha. Em nome de toda equipe do Hospital de Base transmito o nosso fraterno abraço, tenho certeza de que Deus está recebendo-a de braços abertos, com um belo sorriso no rosto e dizendo 'venha descansar minha filha, sua missão foi concluída com louvor'", escreveu um médico na rede social. Outra seguidora do perfil da Rede também lamentou a morte de Vera. "Uma mulher iluminada e encantadora. Cuidava de nós servidores da SES com tanto amor. E fez da Rede feminina seu grande legado. O céu está em festa."
Além da atuação exemplar na instituição, Verinha também se destacava como uma verdadeira mãe dos desassistidos da QE 38 do Guará II. O comprometimento ia além das fronteiras institucionais, cuidando dos moradores que viviam em condições precárias nas favelas ao redor da quadra.
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