Entrevista/Valéria Paes, professora da UnB

Infectologista afirma que mortes por dengue poderiam ser menor que 1%

Valéria Paes explica que o cenário atual seria diferente se houvesse mudanças nos diagnósticos e nas medidas terapêuticas

 Valeria Paes acredita que os casos de óbitos poderiam ser menores caso as medidas de combate fossem tomadas de maneira correta. -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Valeria Paes acredita que os casos de óbitos poderiam ser menores caso as medidas de combate fossem tomadas de maneira correta. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

Os casos de dengue no Distrito Federal tem preocupado a todos. A unidade federativa registrou cerca de 81 óbitos causados pela doença somente este ano, e foi um dos temas debatidos pela infectologista e professora da Universidade de Brasília (UnB), Valéria Paes, durante o programa CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (7/3). Às jornalistas Sibele Negromonte e Mila Ferreira a especialista falou da necessidades de algumas ações para facilitar a vacinação dos jovens.

O aumento é de 1.500% em relação ao ano passado. Com esses números, Valéria Paes reforça a necessidade de garantir a todas as pessoas contaminadas pela doença um atendimento de forma adequada e correto. “Quando observamos os dados da OMS, notamos que se os diagnósticos fossem feitos da forma certa, e com as medidas terapêuticas poderíamos ter uma taxa de letalidade menor que 1%”, descreve.

A infectologista acredita que os pais dos adolescentes que estão na faixa etária estabelecida para receber a vacina contra a doença devem buscar esse medicamento. “Estamos em momentos de volta às aulas e podemos pensar em diversas estratégias, uma delas seria oferecer essas doses nas escolas”, pontua. Ela cita que a meta do Ministério da Saúde é atingir ao menos 90% desse público. “Precisamos fazer uma pesquisa para saber o porquê dessas crianças não estarem chegando aos postos de vacinação”, reforça.

Em relação à covid-19 e o aumento de casos após o carnaval, Valéria Paes conta que isso será recorrente e sempre haverá épocas em que a enfermidade estará em alta. “A partir dos primeiros sintomas devemos nos isolar para evitar uma transmissão. A vacina conseguiu fazer um impacto muito grande na redução das hospitalizações”, alerta.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

Veja a entrevista na íntegra

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 07/03/2024 17:27 / atualizado em 07/03/2024 17:45
x