A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito acerca da morte do bebê Henry Sousa de Oliveira, de 1 ano e 9 meses, e indiciou a mãe, Lucimar de Sousa Barbosa, por homicídio triplamente qualificado. A criança foi morta em 19 de janeiro deste ano, em Planaltina.
Nos depoimentos prestados à polícia logo após a morte de Henry, Lucimaria apresentou uma versão de que o filho havia sofrido uma queda de uma cama box dias antes. Queda essa que teria resultado em um hematoma no lado esquerdo da região frontal. Segundo a mulher, na manhã de 20 de janeiro, por volta de 5h40, ao ir trocar a fralda do filho, percebeu que ele estava frio.
No entanto, o laudo cadavérico do Instituto de Medicina Legal (IML) constatou que a causa da morte foi por traumatismo craniano por ação contundente, descrevendo as lesões constatadas.
O namorado de Lucimaria chegou a ser preso junto a ela, mas a Polícia Civil representou somente pela revogação da prisão do homem, uma vez que, diante de novos elementos de informação, os investigadores afastaram qualquer possibilidade de culpa dele.
Mãe confessou o crime
Um novo depoimento prestado por Lucimaria trouxe luz aos fatos. Aos policiais, a mãe confirmou ter agredido fisicamente a vítima na noite de 19 de janeiro. Disse que por volta das 20h, o namorado saiu de casa para fazer caminhada, momento em que, enquanto colocava comida para Henry, o filho estava choroso e ela o empurrou com força contra a parede do balcão da cozinha. Ela negou a intenção de matar a criança.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Brunno Oliveira, da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), a indiciada, mesmo sem querer, assumiu o risco de matar a criança “Isso porque foram desferidos pelo menos três golpes, com força, contra uma região vital - que é a cabeça - de uma criança em tenra idade, incapaz de se defender de agressões. Ademais, ela não adotou nenhuma medida para impedir o resultado mais grave, não tendo prestado ou solicitado auxílio médico ou emergencial".
O delegado-chefe da 31ªDP, Fabrício Augusto, acrescentou que o inquérito policial, já relatado, foi encaminhado à Justiça para a livre manifestação do Ministério Público. “Caso mantida a tipificação, Lucimaria, que teve a sua prisão temporária convertida em preventiva após representação policial, deverá ser submetida a julgamento perante o Tribunal do Júri".
Lucimaria responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil; mediante recurso que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido; e contra menor de 14 anos, com a pena aumentada em razão de a autora ser ascendente.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br