CRIME

Justiça nega liberdade de bombeiro do DF que baleou maquiadora na cabeça

Tentativa de homicídio ocorreu em 28 de janeiro, em Alto Paraíso (GO). Vítima passou por nova cirurgia nesta segunda (26/2)

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) rejeitou o pedido de liberdade protocolado pela defesa do bombeiro do DF, Andrey Suanno Butkewitsch, acusado de atirar na cabeça da maquiadora Jully da Gama Carvalho, 30, em 28 de janeiro, após uma discussão em um bar, em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

A defesa do bombeiro argumentou que a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) ultrapassou os prazos para a conclusão do inquérito policial – concluído pelos investigadores, indiciando o bombeiro. Ao analisar o caso, a juíza Marina Mezzarana Kiyan entendeu que não houve excesso no prazo – de 15 dias, isso porque o “processo ocorreu de acordo com os preceitos legais estatuídos no Código de Processo Penal”, escreveu a juíza.

A magistrada entendeu, ainda, que os argumentos elencados pela defesa de Andrey não sustentam um relaxamento da prisão preventiva. “Outrossim, a garantia da ordem pública ainda subsiste, ante a gravidade da conduta que motivou a decretação da prisão preventiva do acusado, tal como decidido no caso, mormente quando se observa o modus operandi”, disse a juíza.

“A rigor, destaco que não há qualquer fato novo suficiente a rever a decisão. Assim, em exame preliminar dos fatos noticiados nos autos, percebe-se a existência do fumus commissi delicti em relação ao acusado”, completou a magistrada.

O Correio apurou que o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) deve oferecer denúncia contra Andrey entre essa ou na próxima semana. Enquanto isso, o bombeiro segue preso, além de estar na mira da Corregedoria do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) pelo caso.

Cirurgia

A maquiadora passou pela segunda cirurgia nesta segunda-feira (26/2). Nas redes sociais da moça, o noivo afirmou que o procedimento foi um sucesso. “O médico acabou de vir aqui conversar comigo, explicou sobre o procedimento e disse que foi um sucesso, o impacto do projétil fez com que formaçe fragmentos que estava causando um edema no cérebro, mas conseguiram retirar”, explica . “É uma benção, um notícia perfeita”, comemora.

Jully segue no centro de observação, acordada e conseguindo fazer movimentos com as mãos.


Indiciado

As investigações conduzidas pela PCGO revelaram que o sargento chegou ao bar acompanhado do amigo. Andrey estava na fila do estabelecimento para efetuar o pagamento e estaria olhando para a Jully, o que incomodou o noivo da jovem. O homem, então, resolveu tirar satisfação com Andrey e os dois iniciaram uma luta corporal.

Após o término da briga, Jully, acompanhada do noivo e de outros dois amigos, saíram do local, em direção ao local onde estavam hospedados. Com os quatro dentro do carro, Andrey dirigiu-se até o veículo da vítima, pegou a arma e disparou contra o vidro traseiro do carro, acertando a nuca da maquiadora.

O bombeiro deixou o local acompanhado de um amigo, o advogado identificado como Sandro Fleury Batista, mas foram encontrados na mesma rua, por policiais militares. Na delegacia, Andrey confessou que houve a discussão e disse ter atirado na intenção de intimidar os envolvidos, mas não para atingir a vítima.

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