Investigação

PCGO indicia bombeiro do DF que baleou maquiadora após briga em bar

Andrey Suanno Butkewitsch foi indiciado por quatro tentativas de homicídio. O caso já chegou ao MPGO, que irá avaliar se oferece ou não denúncia contra o militar, que está preso

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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) indiciou o sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) Andrey Suanno Butkewitsch, 40 anos, por quatro tentativas de homicídio. O bombeiro baleou uma mulher, de 30 anos, em 28 de janeiro, após uma discussão em um bar, em Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

O inquérito policial foi remetido, na quarta-feira (14/2), ao Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e está sob os cuidados da Promotoria de Justiça de Alto Paraíso. O promotor do caso irá avaliar o indiciamento e analisar se apresenta ou não a denúncia. O amigo de Andrey, o advogado Sandro Fleury Batista também foi indiciado pela polícia por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

As investigações conduzidas pela PCGO revelaram que o sargento chegou ao bar acompanhado do amigo. Andrey estava na fila do estabelecimento para efetuar o pagamento e estaria olhando para a maquiadora Jully da Gama Carvalho, o que incomodou o noivo da jovem. O homem, então, resolveu tirar satisfação com Andrey e os dois iniciaram uma luta corporal.

Imagens obtidas pelas câmeras do circuito interno de segurança do bar mostram o momento das agressões.

 

 

Após o término da briga, Jully, acompanhada do noivo e de outros dois amigos, saíram do local, em direção ao local onde estavam hospedados. Com os quatro dentro do carro, Andrey dirigiu-se até o veículo da vítima, pegou a arma e disparou contra o vidro traseiro do carro, acertando a nuca da maquiadora.

O bombeiro deixou o local acompanhado de um amigo, o advogado identificado como Sandro Fleury Batista, mas foram encontrados na mesma rua, por policiais militares. Na delegacia, Andrey confessou que houve a discussão e disse ter atirado na intenção de intimidar os envolvidos, mas não para atingir a vítima.

No dia da ocorrência, Jully foi encaminhada às pressas ao hospital e passou por cirurgia. Nas redes sociais, em processo de recuperação, a vítima postou stories indo para a fisioterapia, além de registros ao lado dos três filhos. Ela é moradora do Riacho Fundo, região administrativa do Distrito Federal.

Exoneração

Andrey permanece preso. O Correio procurou a defesa dos dois réus, que afirmaram que não tiveram acesso ao material produzido pela PCGO. Em 29 de janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) exonerou o sargento, que estava cedido ao órgão.

O advogado amigo de Andrey, Sandro Fleury, está em liberdade provisória, após ter pago R$ 14,1 mil à Justiça. Sandro cumpre algumas medidas, como a proibição de contato com a vítima, familiares e testemunhas do processo (incluindo funcionários do bar) e de retornar à Alto Paraíso de Goiás. 

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