Luto

Morre, aos 71 anos, a jornalista e escritora Nazareth Tunholi

Ela estava lutando contra um câncer de mama agressivo e faleceu devido a complicações da doença. O velório acontece nesta quinta-feira (8/2), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Amigas e parceiras de trabalho definem Nazareth como "guerreira"

Morreu nesta quarta-feira (7/2), aos 71 anos, a bancária, jornalista, editora e produtora de eventos culturais, Nazareth Tunholi. Ela estava lutando contra um câncer de mama agressivo e faleceu devido a complicações da doença.

Nazareth nasceu em São Mateus, no Espírito Santo, em 6 de maio de 1952. Formada em letras e em jornalismo, veio para Brasília em 1983. A jornalista colaborou em periódicos e foi premiada em concursos literários durante a carreira. Nazareth pertencia à Academia de Letras e Música do Brasil, onde foi presidente, e à Casa do Poeta Brasileiro no DF, além de ter fundado e presidido a Academia Internacional de Cultura (AIC).

A jornalista deixa marido, três filhos e quatro netos. O corpo de Nazareth Tunholi será velado nesta quinta-feira (8/2), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, a partir das 10h.

Guerreira

Membra da Academia Internacional de Cultura de Brasília, Miriam Leonel definiu Nazareth como uma mulher "forte, guerreira, enfrentou todos os reveses com galhardia". "Admirável patriota, como candanga, sempre se envolvia nas causas sociais de Brasília. Divertida, alegre, positiva, determinada. Uma mulher sempre a frente do seu tempo. Nas solenidades acadêmicas ela se vestia de majestade. Amava as rosas e as pérolas. Sempre colorida dos tons da felicidade. Dona de uma voz aveludada e um inesquecível e penetrante olhar ao declamar as suas poesias. Sua presença era o 'perfume da vida'. Podemos dizer: ela soube viver a vida com vida!", declarou ao Correio.

Amiga de longa data, a escritora Gracia Cantanhede afirmou que Nazareth “nunca esmoreceu” e classificou a amizade de 20 anos como uma “parceria cultural”. “A vida dela foi muito bonita, com talento, originalidade e destemor. Mesmo doente e tendo problemas, não reclamava e continuava a fazer os eventos dela. Realmente um exemplo. Admirei e sempre vou admirá-la. Vai fazer muita falta”, lamentou.

Segundo a amiga, Nazareth chegou ao ponto de, em um dia em que tinha um evento literário, sair da quimioterapia direto para o local. “Fiquei perplexa, pois a Nazareth estava saindo de um procedimento altamente invasivo. Ela era incansável e muito forte, não sei de onde tirava tanta garra”, elogiou. Em uma singela homenagem, Gracia destacou que Nazareth foi “uma guerreira admirável, mulher incansável, excelente mãe e esposa”. “Dedicou-se ao jornalismo e à literatura com a garra que a distinguia em todos os seus afazeres”, acrescentou.

Outra amiga de muitos anos, a editora Raquel Verano também assinalou o lado guerreira de Nazareth Tunholi. “Nos despedimos dessa guerreira e corajosa mulher. Dona de uma sensibilidade admirável, tinha, para tudo, um olhar e uma reflexão sempre terna”, afirmou. “Uma amiga querida e profissional excelente que tive a sorte de conhecer. Nazareth, sua missão foi cumprida com muito amor e excelência”, concluiu.

Mais Lidas