As salas de emergência dos hospitais da capital federal devem se preparar para atender a casos graves de dengue. Eles podem acontecer, principalmente, em crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos deficientes. O alerta foi dado pelo coordenador médico da UTI do Hospital Anchieta, Marcelo Maia, durante o CB.Debate “Dengue - Uma luta de todos”, realizado nesta quinta-feira (29/2) pelo Correio Braziliense. O médico ainda lembrou que o Distrito Federal está sem a quantidade de vacinas necessárias para a imunização da população.
Como a doença reduz as plaquetas — uma alteração sanguínea —, ela pode ocasionar hemorragias, explicou o médico. Esse risco, de acordo com ele, recai "na população mais frágil, como idosos, crianças, imunossuprimidos e demais pessoas mais propensas a ter uma infecção viral". Maia destacou que em pessoas com síndrome hepatorrenal (mau funcionamento dos rins) "pode-se demandar uma substituição renal”. "As salas de emergência do DF devem estar preparadas", ressaltou.
O representante do Hospital Anchieta comentou que, em pacientes de outros grupos, a hidratação venosa — com reposição eletrolítica (minerais) — e o acompanhamento permanente do paciente têm se mostrado bastante eficazes na recuperação de quem contraiu a enfermidade.
Ele enfatizou, também, que o enfrentamento ao problema deve envolver toda a sociedade. “O combate à epidemia de dengue depende de todos nós, não somente do governo ou dos entes privados. A eliminação de focos de mosquito em regiões frágeis é responsabilidade nossa", salientou.
CB. Debate
O Correio Braziliense promoveu, o CB.Debate "Dengue — Uma luta de todos" para conscientizar autoridades sobre as suas responsabilidades, além de promover um diálogo com a sociedade acerca da importância do envolvimento da população para o enfrentamento da epidemia.
Entre 1° de janeiro e 24 de fevereiro, o DF registrou 55 mortes por dengue, conforme dados do último boletim epidemiológico, divulgado na segunda-feira (26) pela Secretaria de Saúde do DF (SES), que ainda investiga 82 óbitos. Os casos prováveis da doença somam 100.558, um aumento de 1.449,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
O evento presencial foi realizado no auditório do jornal. O debate está disponível no site e nas redes sociais do jornal.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br