CB.Debate

Rodrigo Gurgel propõe estratégia "cavalo de troia" contra Aedes aegypti

O professor associado da Faculdade de Medicina da UnB apresentou estudos feitos com tecnologias de controle do mosquito

Gurgel apresentou um estudo feito entre 2016 e 2018, e repetido em 2019, com estações disseminadoras de larvicidas. Nesta modalidade, o Aedes se contaminaria com larvicidas colocados em vasos plásticos com água e, assim, levaria a substância aos criadouros, os eliminando -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )
Gurgel apresentou um estudo feito entre 2016 e 2018, e repetido em 2019, com estações disseminadoras de larvicidas. Nesta modalidade, o Aedes se contaminaria com larvicidas colocados em vasos plásticos com água e, assim, levaria a substância aos criadouros, os eliminando - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

O professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) Rodrigo Gurgel propôs a utilização imediata de duas formas de controle do Aedes aegypti. O especialista participa, nesta quinta-feira (29/2), do CB.Debate: Dengue, uma luta de todos, que ocorre na sede do Correio.

Inicialmente, ele apresentou um estudo feito entre 2016 e 2018, e repetido em 2019, com estações disseminadoras de larvicidas ou EDLs para contaminar os mosquitos. Nesta modalidade, o Aedes vai até vasos com água e larvicida, fica contaminado e acaba levando a substância para os criadouros, que são eliminados. “É uma estratégia tipo cavalo de Troia”, comentou. De acordo com ele, na primeira vez que o estudo foi feito, houve uma redução de 66% dos mosquitos nas áreas trabalhadas.

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O especialista ainda destacou que, ao trabalhar na comunidade de Santa Luzia, na cidade Estrutural, percebeu os efeitos da vulnerabilidade social. Com a combinação da estação disseminadora, coleta de lixo e educação em saúde, houve a diminuição de mosquitos. “Tinha cinco vezes mais mosquitos na parte sem saneamento básico do local, do que onde tinha saneamento”, acrescentou.

Já a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) consiste, basicamente, em um agente de saúde borrifar inseticida em paredes. Essa tecnologia, segundo o professor, é recomendado para locais com alta circulação de pessoas, como hospitais, escolas e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

“De mãos dadas vamos chegar lá. O governo com a academia, serviços de saúde, trabalhando e fazendo juntos a parte deles, junto com os moradores”, completou.

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postado em 29/02/2024 13:23 / atualizado em 29/02/2024 15:46
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